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nº 193/Sumário




editorial

Sim ao dever de insubmissão, sim a Abril, sempre!..
Hoje, como ontem, é preciso, é urgente, erguer cravos de esperança. 

Isabel Baptista





Nessa tarde, o Carlos chegou excitado a casa.
— Vamos ter umas disciplinas novas, mãe. Música, Desenho e Inglês. Em Inglês até já sei montes de coisas, por causa dos filmes e tudo. Pensei que era bom que estivesse tão entusiasmado. Afinal, eram os seus primeiros dias na escola pública, e embora ele já tivesse tido algumas aulas com a professora, só agora iriam começar as actividades de enriquecimento curricular.
— Agora os alunos vão ter AEC.

Angelina Carvalho





MIGUEL SANTOS GUERRA

Com paixão. É assim que Miguel Ángel Santos Guerra vê a profissão docente. E o colaborador da PÁGINA sabe do que fala. Leonês de nascimento e malagueño por adopção, tem um currículo invejável: leccionou em todos os níveis de ensino e dirigiu escolas; diplomado em Psicologia e em Cinematografia, doutorado em Ciências da Educação, é catedrático de Didáctica e Organização Escolar na Universidade de Málaga e dirige o Grupo de Investigação HUM 0365, da Junta da Andaluzia.
Pedagogo reconhecido internacionalmente, colabora com diversas publicações e editoras, em Espanha e no exterior, e tem publicados inúmeros artigos e diversas obras de referência sobre organização escolar, avaliação educativa e formação de professores. Mantém um blogue (http://blogs.opinionmalaga.com/eladarve) onde vai tecendo considerações e partilhando experiências. 

Entrevista conduzida por Maria João Leite





As letras são generosas, atentas à nossa sede de evasão, disponíveis em todo o espaço da nossa habitação, permanentes, desde a manhã em que nos insinuamos perante o mundo até que dele nos despedimos para esse destino de que elas nos aliviam, como nos aliviam das certezas e do tédio.

Luís Vendeirinho





Em boa hora, a arte de contar, a beleza e a criatividade do imaginário do conto tradicional português, ganham lugar de relevo, renascendo num universo social e cultural que cruza gerações.

José Paulo Oliveira





"Mais do que condenar ou justificar o inquestionável poder dos ‘media’, urge aceitar o seu significativo impacto e a sua difusão através do mundo como factos consumados, valorizando ao mesmo tempo a sua importância enquanto elemento de cultura no mundo hodierno”.

Sara Pereira





MANUELA SILVA

Manuela Silva é dirigente do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) e do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e membro da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), ingressou na profissão docente em 1 de Outubro de 1970. Professora durante 38 anos, foi orientadora de estágio e presidente do Conselho Directivo da EB2/3 Fernando Pessoa, em Santa Maria da Feira. Foi também dirigente da Associação de Estudantes da FLUP (1969/70) e activista dos Grupos de Estudo do Pessoal Docente do Ensino Secundário e Preparatório (Porto) desde a sua fundação, em Janeiro de 1971. Delegada sindical desde o 25 de Abril, passou a integrar os Corpos Gerentes do SPN em 1987, tendo sido membro do Departamento da Educação para o Desenvolvimento e do Conselho Pedagógico do Centro de Formação do SPN, vice-presidente do Instituto Irene Lisboa e conselheira nacional da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Activista dos direitos das mulheres, Manuela Silva tem coordenado projectos no âmbito da igualdade de género e promovido e participado em fóruns nacionais e internacionais. Tem artigos publicados em diversos jornais e revistas sobre a igualdade de género, a violência entre pares jovens, os direitos humanos e a participação das mulheres na República, entre outros.Entre outros projectos, orientou o estudo ‘Professoras do presente… que futuro?’, realizado e publicado em 2004, em resultado de uma parceria SPN/MDM, coordenou o projecto Agir para a Igualdade nas Escolas (iniciativa EQUAL da Comissão Europeia) no âmbito da área geográfica do SPN e integrou a equipa de coordenação da Acção 3 desse projecto, em representação da Fenprof.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





O sentimento de superioridade e segurança que muitos utilizadores jovens têm face aos meios da internet é um dos motivos que leva a comportamentos de perigo e a situações indesejáveis. Por passarem longas horas como utilizadores, pela acumulação de experiência, muitos jovens defendem possuir um sentido de mestria e de análise das situações que nem sempre é o mais adequado. No seguimento de textos anteriores, partilhamos aqui uma proposta de dinâmica de grupo, tendo em vista trabalhar esta importante dimensão. Inicia-se a actividade com uma conversa sobre quem já foi enganado na internet.

Rui Tinoco





Para que se definem metas e objectivos específicos, se delineiam estratégicas, políticas e actividades se no processo de concretização dos projectos se perde a consciência e o foco do objectivo e da política de saúde?

Débora Cláudio





Porto, início dos anos 70. “O Cineclube vai passar o Potemkin no sábado”, dito em surdina. Sábado à tarde, salinha do cineclube repleta, gente de pé, encostada às paredes... E não só. À descoberta de qualquer coisa de completamente novo, num filme de 1925...

Paulo Teixeira de Sousa





Os resultados concretos da educação escolar, entendidos através da experiência da relação pedagógica entre professores e alunos, não podem ser reduzidos a termos absolutos e universais de falência completa ou sucesso total. Educadores orientados pelos objetivos de justiça educacional e social são o contrário dos todo-poderosos ‘professores-heróis’ ou dos ‘superprofessores conscientes críticos’, que sabem tudo, podem tudo e de nada reclamam.

Gustavo E. Fischman
Sandra Regina Sales





O despacho dos “padrões de desempenho docente” reflecte os pressupostos do nosso sistema educativo e das orientações que o inspiram, os quais são, por isso, plasmados no delineamento da identidade dos professores olhados como seus agentes e garantes principais.

Adalberto Dias de Carvalho






Nas escolas públicas da periferia e do centro de Lisboa, todos sabem que trabalham com um tecido social rasgado, extremamente minado, onde a mínima faísca provoca desastres. Os GAAF facilitam uma abordagem multifacetada dos problemas. Convém que quem decide se os retira da escola, ou não, tenha um ouvido e um olhar muito atentos.

Pascal Paulus





O que se encontra em rastilho é o último (se não, talvez, o único) dos universalismos humanistas: o direito à liberdade, à justiça e à dignidade humana. O que potencialmente está a florescer é o exercício da expressão cívica num contexto de opressão consentida e tolerada pelo chamado mundo livre ocidental.

Paulo Raposo





Não há revolução social sem revolução intelectual, que, entre outras questões, assume a luta por uma sociedade justa e igual como uma luta contra o capitalismo selvagem, na qual a escolarização pública deve estar na linha da frente.

João Paraskeva





Feito o balanço do exercício que dominou o “inverno do nosso descontentamento”, centrado na retórica da campanha presidencial, a situação líquida já apurada remete-nos para a reflexão de um reputado mestre das Ciências Sociais, Pierre Bourdieu (em «O Poder Simbólico»), como preparação para o complicado “exame” das palavras proferidas pelos protagonistas.

Leonel Cosme 

 





Uma escolarização segmentada por identidades dificilmente facilita a integração e muito menos elimina do imaginário social a divisão entre o próprio e o alheio.

Xavier Bonal





Março, Abril, Maio, a liberdade, os direitos humanos, a solidariedade, não são “a preto e branco” para elas e eles… Com certeza.
Claro que não é uma questão de género. Claro que não fui melhor professora por ser mulher… Mas acredito que me tornei uma mulher mais inteira por ter sido professora!...

Ana Brito Jorge





No forte de Peniche há dois museus que partilham o mesmo espaço, o da fortaleza. O Museu da Resistência e o Museu Municipal. O primeiro evoca a funesta utilização do lugar durante a ditadura do Estado Novo, quando o forte se transformou em presídio político. E, aproveitando a efeméride, constitui uma boa hipótese para quem optar por uma “escapada” no fim-de-semana prolongado do 25 de Abril.

Humberto Lopes





Entre a levedura e a leviandade vai uma enorme distância. Penso que há muita leviandade em algumas coisas que se dizem por falta de tempo de levedura!

André Escórcio





Conforme é noticiado na reportagem sobre o congresso realizado pelo Sindicato dos Professores do Norte (pág. 51), a Profedições acaba de editar um conjunto de pequenos textos anteriormente publicados por Licínio Lima, que aqui apresenta esta iniciativa editorial.

Licínio lima





Predominam no terreno de ação do professor evidências e fachadas que escondem o seu contrário, opiniões dominantes e versões oficiais que nem sempre promovem processos educativos justos e inclusivos.

Carlos Cardoso





Santiago é hoje uma cidade que nega seu passado. A política implícita nas ruas parece tão eficiente e pragmática quanto a da gestão dos grandes negócios do capital. Que sociedade ensina Santiago hoje? Qual o projeto de mundo que propõe? Como educar sem memória?

Cláudio Barría Mancilla





E agora o relatório do PISA… Que avalia internacionalmente, entre outras coisas, a capacidade dos alunos de 15 anos em leitura. Comparativamente ao último exercício (de 2006, referente a 2002-2005), Portugal passou do fundo da tabela para muito próximo da média europeia. Deu um salto espectacular, segundo a opinião dos próprios analistas.

Hélio J. S. Alves





Se tivéssemos um Ministério da Educação que entendesse a Escola Pública como uma necessidade crucial, e não um Ministério das Finanças que a remete para a coluna das despesas, o rumo das coisas seria possivelmente outro.

Ariana Cosme
Rui Trindade





Congresso do SPN

Não têm sido anos fáceis para os professores e para a Educação em Portugal. Foram anos de conquistas, de acordos, de recuos, de desilusões, de medidas que levaram milhares de docentes a sair à rua em algumas das maiores acções reivindicativas e de descontentamento já realizadas. Agora é tempo de reflectir, de expor preocupações, de partilhar e de encontrar propostas de resolução para os problemas que os afectam. Foi assim o 7º Congresso dos Professores do Norte, que se realizou nos dias 25 e 26 de Fevereiro, no Centro Cultural Vila Flor (Guimarães).

Maria João Leite





JAIME CARVALHO E SILVA

Quando falamos de Matemática, ela aparece quase inevitavelmente associada à ideia de insucesso escolar. Para tentar perceber até que ponto esta ideia corresponde à verdade, e quais os motivos que poderão estar na sua origem, colocámos algumas questões a Jaime Carvalho e Silva, um dos reconhecidos especialistas nesta área e colaborador regular da PÁGINA.
Professor associado do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Jaime Carvalho e Silva coordena o Projecto Softciências, de formação de professores e divulgação científica é o autor da página de divulgação NONIUS. Em 2005 venceu o prémio José Sebastião e Silva, pelo livro «Matemática 7», e no ano passado foi distinguido com o prémio “Seeds of Science”, na área de Ciências Exactas, pelo jornal «Ciência Hoje», de ciência, tecnologia e empreendedorismo. Em Julho de 2008 tornou-se o primeiro português a ser eleito secretário-geral da Comissão Internacional para a Instrução da Matemática (ICMI), a maior associação internacional dedicada ao ensino da disciplina, que avalia a situação do ensino a nível mundial em áreas como a formação de professores, o uso das tecnologias ou a aplicação da matéria nas escolas.
A limitação de agenda imposta pela intensa actividade profissional de Jaime Carvalho e Silva, associada à sua ausência temporária do país, levou a que esta entrevista fosse possível apenas através de correio electrónico. Apesar deste constrangimento, oportunidade para conhecer a sua opinião sobre o Plano de Acção para a Matemática, as possíveis estratégias para a melhoria do ensino da disciplina nas escolas e a actuação dos responsáveis políticos nesta área, entre outros temas.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa

 





“A pobreza infantil não pode ser entendida fora do seu contexto. Assim, é falando sobre a pobreza e as suas condicionantes que podemos compreendê-la considerando, em primeiro lugar, que o nível geral de recursos existentes e a sua distribuição afecta as famílias, permitindo a existência de famílias pobres e, no seu seio, boa parte das crianças pobres. [...] Contudo, o enfoque numa dada noção de pobreza [...] não nos pode fazer esquecer as dimensões que configuram a exclusão social, designadamente as dificuldades de acesso aos serviços e apoios do Estado Providência e a exclusão dos modos de vida dominantes (e mais desejáveis), mas, especialmente, a forma de relacionamento com o mercado de trabalho dos adultos (verdadeiro cerne da exclusão social) e as dificuldades no estabelecimento e manutenção de redes sociais de suporte. [...] No que respeita à noção mais específica de pobreza infantil, o primeiro aspecto a ter em atenção parece-nos ser o de que, qualquer que seja a definição concreta adoptada, devemos partir do princípio de que a pobreza infantil não é igual para todos os casos, o que tem como consequência a procura e o estabelecimento de perfis distintos de pobreza infantil. Por exemplo, é muito diferente uma situação cujo fulcro é a escassez de rendimentos de outra onde o fulcro associa a escassez de rendimentos à negligência ou um terceiro caso construído à volta da associação com o abandono.” [Fernando Diogo, Pobreza infantil em Portugal, em «Rediteia» nº 43, 2009, EAPN/Portugal]

Reportagem de Maria João Leite





Desespera que se ponga énfasis en la globalidad del enfoque para superar la crisis de las escuelas y el desamparo de quienes las abandonan, apelando a las políticas sociales, sin que la Educación Social y su Pedagogía se nombren. Un silencio que ya no es desdén, sino más bien un retrato de ignorancia.

José A. Caride Gómez





Os ‘resultados da aprendizagem’ e as ‘competências’ são apontados como elementos essenciais nas reformas do Ensino Superior. Embora seja ainda cedo para identificar as suas reais consequências, urge o debate sobre os conceitos e aquilo que eles parecem colocar em jogo.

António M. Magalhães





 

A PÁGiNA estabeleceu uma parceria com a
revista brasileira «Presença Pedagógica».

A Página estabeleceu uma parceria com a revista brasileira «Presença Pedagógica».

 





É pelo conhecimento que o ser bruto ascende ao plano da existência, estando a nossa consciência pressuposta na da existência no mundo. A existência no mundo é, primordialmente, uma forma de inerência com as coisas que vêm ao nosso encontro.

Ivonaldo Leite





Cada vez mais, o alfabetismo cultural implica o domínio de gramáticas complexas que ultrapassam amplamente as versões mais simples de leitura e escrita que conhecemos e se expandem para um variado espectro de outras capacidades, habilidades e domínios de conhecimentos.

Marisa Vorraber Costa





Não se deve excluir qualquer epistemologia de investigação. Pelo contrário, o carácter complexo e casuístico que existe na Educação é a melhor abordagem para processos e pessoas, também elas complexas e singulares.

David Rodrigues





Ano Internacional da Química

Em apenas dois séculos, a Química colocou à disposição da sociedade muitas dezenas de elementos anteriormente desconhecidos, abarcando praticamente toda a tabela periódica.

Rui Namorado Rosa





Os impactos das novas tecnologias têm revolucionado a circulação de informações e a difusão de conhecimentos científicos. A socialização dos conhecimentos científicos é crescente, e esta nova configuração do modo de comunicação tem implicações diretas no campo da Educação.

Alessandra Nunes Caldas





Ao reflectirmos sobre a necessidade premente de promover uma verdadeira educação patrimonial, essa preocupação advém do que, diariamente, constatamos no meio que nos rodeia, onde as cidades e outras localidades se degradam, não apenas pela falta de conservação, mas também pela conspurcação através do uso e abuso dos tags (assinaturas), quase como uma marcação de território, ou pelas pinturas murais feitas em locais desapropriados, os chamados graffitis, normalmente pouco elaborados, feitos de forma rápida, em sítios ilegais, ou até em sítios históricos, numa completa vandalização dos bens comuns. Será isto arte ou défice de cidadania patrimonial? Claro que todas estas manifestações nada têm a ver com aquilo a que podemos chamar a "arte urbana" dos writers que decoram várias superfícies de forma artística, como se fossem telas, em espaços degradados, parecendo querer dar "vida nova" a locais para onde ninguém anteriormente olhava. Há, portanto, que destrinçar onde é possível levar a efeito estas actividades e onde é absolutamente ilegal a sua prática.

Maximina Girão





Através de um trabalho etnográfico com alguns alunos que estiveram pelo menos 10 anos sem estudar, procura-se compreender o como e o porquê do regresso à escola, a sua trajectória social, as motivações, as preocupações e as transformações na vida pessoal e profissional.

Sara Mónico Lopes





Assistimos à emergência de um sector financeiro pujante como nunca na história (a economia de casino, como alguns a têm vindo a designar), que submerge toda a actividade económica clássica e que está na base da eclosão da crise actual. O que nos preocupa é esta tendência para a catástrofe que os partidos do designado ‘arco do poder’ têm vindo a demonstrar nas últimas décadas, dando a ideia de que se encontram num espaço onde nada de verdadeiramente importante se decide, assumindo a esfera financeira o núcleo efectivo da governação mundial.

Manuel António Silva





Independentemente dos objetos considerados, parece fundamental que em qualquer processo de avaliação se tenha na devida conta a prática e a experiência vivida pelos intervenientes, articulando-as, quando necessário, com abordagens mais baseadas no pensamento criterial. Se não, as avaliações em educação tornar-se-ão, inevitavelmente, numa mera “ciência de poltrona”.

Domingos Fernandes





A professora estava calmamente a tirar fotocópias na reprografia. O colega entrou com alguns horários na mão – um deles, o dela. Logicamente, perguntou-lhe o que andava ele a fazer com o horário dela; e ele, que era para tentar encontrar um tempo comum para que pudessem reunir todos. “Para quê?”. E ele, timidamente: “Por causa da avaliação de desempenho. Como sou teu relator…”. “Ai sim?! Vou ser avaliada? Por ti?! Não sabia de nada!”. “Que sorte!”, pensou ele.

José Rafael Tormenta





En más de una ocasión hemos escrito que Alice Pestana (Santarém, 1860 - Madrid, 1929) es la auténtica embajadora educativa entre Portugal y España entre los siglos XIX y XX. Pero no desempeña esa tarea desde cualquier posición, sino desde una lectura republicana de la sociedad, la educación, la vida, y un decidido compromiso pedagógico allí donde vivió y ejerció de ciudadana y educadora. Y lo hizo de forma indistinta, primero en Portugal, después en España.

José M. Hernández Díaz





Queira-se ou não, goste-se ou não, só o Estado pode representar consensos entre cidadãos. O mercado não pode nem está interessado em servir de mediador. O mercado não é um deus, nem um ser humano, pensante e imparcial.

Carlos Mota





A informação e a cultura são, hoje, os grandes factores de desenvolvimento. A multidimensionalidade da Sociedade da Informação, que é a nossa, exige, também dos fazedores do espectáculo desportivo, mais informação e, por extensão, mais cultura.

Manuel Sérgio





O decadentismo, fenómeno mental e cultural transversal a vários contextos epocais, obedece, no essencial, a um percurso mental comum, desde a crença jovem nos ideais igualitários e na natureza inocente do homem, na linha de Rousseau, passando à primeira maturidade, esta última insegura e rarefeita de ideias sólidas, definida por um conservadorismo cómodo, no qual muitos se atolam por conveniência pessoal ou mera estultícia e, finalmente, culminando no reconhecimento da verdade do socialismo, embora esta conclusão assente numa disposição mental negativa e decadente.

Paulo F. Gonçalves





No Relatório Faure (UNESCO, 1972), o conceito de Educação Permanente (EP) diz respeito a todo o processo educativo, compreendendo todas as suas formas, expressões e momentos, de maneira a garantir a educação global das crianças e jovens e a preparar os adultos para exercerem melhor a sua autonomia e liberdade. A EP é entendida como um projecto educativo que inter-relaciona a dimensão individual e social da educação, veiculando um sistema humanista de valores colectivos. Logo, esta visão da EP contém opções políticas e representa um projecto de cariz ideológico, uma utopia (Edgar Faure, coord.). Deste modo, a perspectiva da EP implica uma nova visão e interpretação, quer para o processo educativo, quer para a própria percepção do destino da humanidade (Paul Lengrand).

Rosanna Barros


  
A Página impressa
Edição N.º 192, série II
Primavera 2011

Brevemente disponível online.



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