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"20 mil professores vão ficar no desemprego"

Segundo dados do Ministério da Educação (ME), o concurso de professores colocou 7.306 docentes nas escolas em contratação inicial e mobilidade interna. No ano passado foram contratados 3.782 professores em contratação inicial e 3.030 em Bolsa de Contratação de Escolas (BCE), procedimento que correu após a contratação inicial. Isto significa que, nesta fase, estão colocados mais 3.524 professores contratados do que no mesmo momento do ano anterior, referiu o ME em comunicado.

Contudo, “as listas divulgadas não disfarçam o problema do desemprego docente e não respondem às necessidades permanentes das escolas”, alerta a Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Já para a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, “isto é positivo para as escolas, porque os professores começam a trabalhar logo a 1 de setembro, mas o 'timing' é negativo para os professores, que ficam a saber no final de agosto que a 1 de setembro têm de se apresentar a quilómetros de casa” – citado pela agência Lusa, Filinto Lima, conssidera que o Governo “deve legislar para que estes horários sejam preenchidos no final de julho”.

DESEMPREGO vs APOSENTAÇÃO. Para a Fenprof, "o resultado deste concurso veio confirmar que o terrível drama do desemprego continua a abater-se sobre os professores com uma violência enorme: dos 36.103 candidatos a este concurso, 28.797 não obtiveram colocação." Admitindo que até ao final do primeiro período letivo possam ser colocados outros cerca de 8.000 docentes, contratados pelas escolas, "ainda assim, 20.000 ficarão no desemprego" explica a Fenprof, lembrando que, "nos últimos 5 anos, mais de 12.000 professores 'desapareceram' dos concursos, o que significa que desistiram de concorrer."

Face a este cenário, a maior organização nacional de professores questiona: "é consensual afirmar que o corpo docente das escolas está envelhecido e que urge rejuvenescê-lo. Se fossem tomadas medidas que permitissem a justa aposentação dos professores com 36 ou mais anos de serviço, quantos jovens docentes permaneceriam desempregados?" Para a Fenprof, a criação de um regime excecional de aposentação para os professores é uma "justa exigência" que neste ano letivo será, de novo, apresentada ao Governo.

 

 

 


  
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