“Queremos dar, na formação inicial de professores, mais peso aos conteúdos. Ninguém pode ensinar muito bem se não dominar aquilo que vai ensinar. E estamos a introduzir uma prova de acesso à carreira docente, que, aliás, está na lei, mas que vai este ano ser implementada”, anunciou Nuno Crato, no final de um almoço no American Club (Lisboa), onde falou das medidas que o Governo está a desenvolver na área da Educação.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) ainda alinha os moldes em que a prova vai ser realizada. O ministro admitiu que os professores do quadro não terão de se submeter a essa avaliação, mas "para entrar na profissão, em termos definitivos, vai haver uma prova de acesso".

Segundo Nuno Crato, o Governo está empenhado em reforçar os conhecimentos dos alunos nas matérias essenciais, pelo que não basta aumentar a escolaridade obrigatória e atribuir mais dinheiro à Educação – é preciso selecionar os melhores professores para melhorar a qualidade do ensino: “A peça essencial que garante a qualidade do ensino chama-se professor. Sem bons professores é muito difícil ter sucesso no sistema de ensino. Queremos que os professores que vão ensinar sejam aqueles mais bem preparados”.

Relativamente à autonomia das escolas, Nuno Crato considerou que têm sido “experiências muito positivas”, acrescentando que o MEC gostaria que “houvesse uma maior autonomia na contratação de professores”.