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Revista de Imprensa Internacional: destaques do “The Guardian” de 1- 6 Novembro

Jovens mães enfrentam corte nos subsídios de acolhimento de crianças (6 Nov)

Pode ser negado o acesso à educação e formação aos jovens pais no âmbito dos planos do governo para reformar um programa que actualmente os ajuda a pagar as despesas nesta matéria.

Actualmente, os jovens com idade inferior a 20 anos podem receber 175 libras (aproximadamente 205 euros) por semana para cobrir os custos que enfrentam quando tentam melhorar a sua empregabilidade.

O Departamento de Educação está a estudar a alteração ao limite de idade dos beneficiários deste programa para os 18, para compensar o aumento dos custos esperados quando a idade de permanência na escola for de 17 anos em 2013 e, em seguida, de 18 anos em 2015.

No entanto, as organizações de solidariedade social estão a contestar a medida alegando apenas contribuir para dissuadir os jovens mais vulneráveis de retomar a sua educação e a sua formação. Dizem ainda que a medida pode levar a que menos jovens regressem ao mercado de trabalho num momento em que o desemprego entre os 16-24 anos de idade atinge quase um milhão de jovens.

Anand Shukla, diretor-executivo do “Daycare Trust”, uma instituição de solidariedade social para jovens, considerou a medida como mais um golpe para as mulheres, uma vez que “a grande maioria dos beneficiários deste subsídio são as jovens mães”. O “Care to Learn”, assim se designa este programa, “tem tido um sucesso incrível ao permitir que os pais jovens tenham acesso a oportunidades de emprego, educação e formação”.

“Alterar a base de um programa tão eficaz corre-se o risco muito forte de promoção de uma maior dependência do apoio do Estado. Já é muito difícil para incentivar os jovens pais para voltar para a educação, e essa mudança é susceptível de tornar as coisas piores.”

Estudo conclui: 1 em cada 4 jovens estão fora de programas de emprego, educação e formação (3 Nov)

Quase um quarto dos jovens entre os 16 e os 24 anos não está em qualquer programa de emprego, educação ou formação e esta situação pode agravar-se nos próximos anos.

Nas cidades de Grimsby, Doncaster e Warrington, quase um em cada quatro menores de 25 anos estão nesta situação, diz um relatório conjunto elaborado pela Fundação do Trabalho, um grupo de reflexão sobre mercado de trabalho e pela Fundação Privada para a Equidade, uma instituição de solidariedade social.

Em algumas cidades, como Oxford, Aberdeen e Nova York, a proporção de jovens que não está empregado e se encontra fora do sistema educativo entre os 16 e os 24 anos é menos de um em 10 - muito abaixo da média nacional de 15,6%.

O estudo é o primeiro a mapear as vilas e cidades na Inglaterra, Escócia e País de Gales, onde estão localizados grupos de jovens com menos de 25 anos nestas condições. Os investigadores analisaram 53 cidades e descobriram que o maior número de bolsas de jovens em situação de exclusão tendiam a localizar-se no norte da Inglaterra, em áreas com histórico de declínio industrial, fortemente dependentes de emprego no sector público.

Os investigadores têm alertado para o facto de que em algumas áreas começa a sentir-se um “sentido de ausência de futuro” e que os cortes orçamentais têm vindo sobretudo a “sacrificar” os jovens. Os últimos números mostram que o número de jovens sem emprego e fora do sistema educativo nesta faixa etária atingiu um recorde no final do ano passado na Inglaterra: 938 mil jovens com menos de 25 anos, segundo estatísticas trimestrais de Outubro a Dezembro do ano passado.

Greve contra as reformas das pensões ainda em concessões, apesar de reivindicações sindicais (2 de Nov)

Alguns dirigentes sindicais estão a avançar com planos para uma greve nacional, envolvendo cerca de 3 milhões de trabalhadores do sector público.

Enquanto os empregadores acusam os ministros de conceder demais, os líderes sindicais manifestam uma série de preocupações sobre planos do Governo de aumentar a idade da reforma e a contribuições dos funcionários públicos. Os sindicatos têm vindo a desafiar o Governo em Tribunal por causa dos planos para indexar as pensões pela inflação, à menor taxa do índice de preços ao consumidor (CPI) em vez de à taxa mais elevada do índex de preços do índice de preços ao retalho (RPI).

As mudanças significariam que um professor com o tempo de serviço completo que ganhe 37.800 libras (cerca de 44 mil euros) na reforma receberia uma pensão de 25.200 libras (cerca de 29 mil euros). De acordo com os planos iniciais [do Governo] a pensão seria de 23,200 libras (cerca de 27 mil euros). E se nenhuma mudança for introduzida no esquema de salário actual final, os professores receberão 19,100 libras (cerca de 22 mil euros).

A introdução completa das reformas será adiada por sete anos. De acordo com o calendário original, as mudanças deveriam ser introduzidas até 2015. Danny Alexander, chefe da secretaria do Tesouro, garantiu que quem tiver 10 anos de reforma a 1 de Abril do próximo ano não vai ter qualquer redução na reforma. Isso significa que as alterações só entrarão plenamente em vigor em Abril de 2022.

Pais exortados a ser tão orgulhoso dos “aprendizes” como dos universitários (2 Nov)

Os pais devem estar tão orgulhosos pelos seus filhos frequentarem os programas de educação profissional (apprentices) como se estivessem na universidade, disse o secretário-sombra da Educação, Stephen Twigg.

No seu primeiro discurso no desempenho destas funções, Twigg apelou a uma grande mudança cultural para que o acesso a cursos práticos fosse visto com igual prestígio ao de outros graus. O ex-ministro da Educação, a quem foi dado o cargo “sombra” no mês passado, admitiu que o governo trabalhista não tinha feito seu melhor para com os adolescentes sem habilitação para uma educação universitária.

Em 1999, Tony Blair impôs ao seu Governo a meta de colocar 50% dos jovens na universidade até 2010. Mas os ministros não conseguiram cumprir essa meta. Até ao final da década, apenas 43% dos jovens entre os 18 e os 30 anos estavam a estudar ou tinham um grau académico na Inglaterra, contra 14% em 1985.

Twigg reconheceu que o Partido Trabalhista tinha estabelecido essa meta, mas admitiu que o partido não se tinha concentrado o suficiente sobre os 50% para quem universidade não era o caminho certo. “A universidade não é o único patamar elevado para as pessoas que querem progredir na vida e na educação”, disse um evento organizado pela fundação de educação Edge.

“Deveríamos ter feito mais pela educação profissional. O que não fizemos, acima de tudo, foi alcançar uma a mudança decisiva no acesso à educação de alta qualidade profissional para coincidir com a alcançada no ensino superior.”

a Página 11-11-2011

 


  
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