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O apelo da sustentabilidade

DE REGRESSO À TERRA

São cada vez mais as pessoas que procuram produzir os seus próprios alimentos, mesmo nas cidades, ou que se reúnem para apoiar pequenos agricultores, assegurando em grupo o escoamento das suas produções.

É uma espécie de regresso à terra, onde os produtos caseiros, naturais e sem químicos, são mais valorizados. O fenómeno não é de hoje, mas a tendência tem vindo a crescer.

Para muitos é uma forma de contornar a crise. Para os que estão na cidade, é possível utilizar os terrenos disponibilizados por muitas autarquias para criar pequenas hortas ou pomares, ou até a própria varanda para produzir algumas verduras e aromáticas. É viável, assim, juntar o gosto pela terra e técnicas de produção e de jardinagem para se ir fazendo alguma poupança.

Já são várias as iniciativas que envolvem e promovem estas práticas sustentáveis. Por exemplo, a Associação para a Manutenção da Agricultura de Proximidade (www.amap.pt) reúne consumidores de produtos biológicos de época que apoiam pequenos agricultores, encomendando-lhes a produção – a distribuição é feita todos os sábados, das 15h às 17 horas, no espaço Duas de Letra, no Porto (Passeio de S. Lázaro).

Entretanto, até domingo (16.fev), está a decorrer na Exponor a Horta Comigo, onde é possível encontrar produtos e equipamentos ligados ao setor do cultivo de pequenos espaços em ambiente urbano. Além disso, há vários workshops de hortas de varanda (iniciação e aperfeiçoamento). Os visitantes podem aqui encontrar dicas para melhorar técnicas de cultivo ou de compostagem caseira.

Por seu lado, a Fundação da Juventude promove, no dia 22, “Duas de Letra…”sobre o tema Agricultura Familiar em Portugal – Que Futuro? A iniciativa vai ter lugar às 17h30, no Palácio das Artes - Fábrica de Talentos (Largo de S. Domingos, no Porto).

Permacultura. Mas o assunto é mais denso do que pode parecer à partida. Para muitos é um modo de vida, uma filosofia. Por exemplo, a permacultura é um método baseado em éticas e princípios para planear, estabelecer e coordenar os esforços de indivíduos e comunidades em busca de um futuro sustentável.

“Permacultura é, por um lado, uma filosofia de vida com um conjunto de éticas e princípios, e por outro uma lógica inteligente e um conjunto de ferramentas que permitem desenhar ou redesenhar qualquer sistema humano (quintas, aldeias, etc.), não deixando de ser, também, uma compilação de técnicas e práticas (por vezes muito simples) recolhidas por todo o mundo, muitas vezes em países ditos ‘terceiro mundistas’. Técnicas que permitiram a muitos povos sobreviver em locais com escassos recursos” – pode ler-se em http://portaldapermacultura.jimdo.com.

E como aprender com quem sabe é uma mais-valia, o Serviço Educativo da Fundação de Serralves, em parceria com a Quercus, promove a partir de hoje (15.fev) um curso de planeamento de permacultura. Durante seis fins de semana, até ao final de abril, Yassine Benderra e Joana Costa vão orientar os participantes “num caminho de transformação para uma vida mais ecológica, sustentável e natural”, como explica o site de Serralves, onde se encontra toda a informação sobre a iniciativa (www.serralves.pt).

Maria João Leite/PÁGINA


  
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