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Currículo junta três continentes

De 18 a 20 de setembro, aconteceu na Universidade do Minho (Braga, Portugal) o I Colóquio Luso-Afro-Brasileiro sobre Questões Curriculares, momento em que, pela primeira vez, se encontraram os estudiosos de currículo falantes de Português de três continentes: Portugal na Europa, Brasil na América, Cabo Verde, Angola e Moçambique em África.
É importante saber que os chamados, por alguns, curriculeiros viveram um longo processo de encontros e estudos que os foram levando ao que aconteceu em Braga – este encontro era já o VII Colóquio Luso-Brasileiro de Currículo e o XI Colóquio sobre Questões Curriculares. Há de ficar claro que os estudiosos de currículo começaram a se reunir apenas em seu próprio país; algum tempo depois ampliaram o diálogo, atravessaram o Oceano Atlântico e Portugal e Brasil se puseram a dialogar, chegando desta feita a se pôr em diálogo com todos os nossos irmãos africanos falantes da língua portuguesa.
Durante três dias tivemos a oportunidade de acesso ao que vem sendo realizado e teorizado na contemporaneidade, em termos de currículo, nos países falantes de português. Assim, sob o lema Currículo na Contemporaneidade: Internacionalização e Contextos Locais, discutimos vários temas: currículo, globalização e cosmopolitismo; currículo e avaliação; currículo e Ensino Superior; currículo e educação formal e não formal; currículo e tecnologias; currículo e desafios africanos; currículo e políticas educacionais; currículo e culturas; currículo, éticas e estéticas; currículo e gestão; currículo, didática e formação de professores; currículo, transições e territórios; currículo, conhecimentos e disciplinas escolares; associações curriculares.
Foram ainda proferidas três conferências: Alfredo Veiga Neto (brasileiro), Bartolomeu Varela (africano) e Manuela Esteves (portuguesa). Como os coordenadores, António Flávio Moreira e José Augusto Pacheco, ajudados pela comissão organizadora, pensaram em tudo, também tivemos a oportunidade de dois jantares de confraternização, o que nos possibilitou estabelecer e aprofundar relações intercontinentais. E quando nada faltava acontecer, José Augusto Pacheco comunicou, em sua última fala, que o próximo colóquio luso-afro-brasileiro acontecerá em Maputo. Foi aplaudido de pé.
Nenhuma surpresa, pois, quando Geovana Lunardi – gentil como em tudo o que fez durante o colóquio – enviou uma mensagem de agradecimento aos participantes, recebendo de todos e todas o verdadeiro agradecimento a quem de direito (ela, António Flávio Moreira e José Augusto Pacheco) pelo sucesso do evento. Do qual cada um e uma de nós trouxe o que só os falantes da língua portuguesa são capazes de expressar – saudade. Saudade de tudo o que vivemos e compartilhamos e que não esqueceremos.

Regina Leite Garcia


  
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