No Dia Mundial da Poesia, que se celebra a 21 de março – altura em que se assinala também a entrada da primavera –, a PÁGINA lembra a poesia de Nuno Júdice, que morreu no domingo passado (17 de março) aos 74 anos.
Nunca são as coisas mais simples
Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida. Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras. Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios.
Nuno Júdice foi poeta, ensaísta e professor. Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorado pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário e do Ensino Superior (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas).
Estreou-se na literatura com a obra ‘A Noção de Poema’, em 1972, tendo terminado um percurso longo pela poesia com o livro ‘Uma Colheita de Silêncios’ (2023). Escreveu também ficção, ensaios, peças de teatro, críticas e antologias.
Nuno Júdice foi ainda diretor da revista literária Tabacaria e da revista Colóquio-Letras, diretor do Instituto Camões em Paris, conselheiro cultural da Embaixada de Portugal.
Nuno Júdice [1949-2024]
©Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
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