Por iniciativa do secretário geral, António Guterres, a Organização das Nações Unidas (ONU) vai juntar, pela primeira vez, chefes de Estado e de Governo de todo o mundo para repensar a educação. A Transforming Education Summit vai decorrer no dia 19 de setembro, em Nova Iorque.
Na sequência da situação pandémica e num contexto de mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas em curso, à escala global, a ONU entende ser necessário um compromisso também global de atenção à área da educação, no sentido de contornar os obstáculos que impedem uma educação de qualidade para todos. E identificou cinco tópicos prioritários para a cimeira: escolas equitativas, seguras e saudáveis; aprendizagens para a vida, trabalho e desenvolvimento sustentável; professores, ensino e a profissão docente; capacitação digital; e financiamento educativo (nacional e internacional).
Segundo a Internacional de Educação, que integrou a comissão preparatória da cimeira, os governos devem aumentar o investimento na qualidade dos sistemas de educação pública; assegurar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores e condições de trabalho decentes; investir na qualidade da formação de professores e do desenvolvimento profissional; confiar e respeitar os professores e a sua capacidade pedagógica; e envolver os sindicatos dos professores nas políticas através do diálogo social.
Maior organização representativa dos educadores, professores e investigadores em Portugal, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) está empenhada em contribuir para um processo de transformação que permita dar resposta aos problemas identificados. Nesse sentido, manifestou junto do Presidente da República e do primeiro-ministro disponibilidade e interesse em debater as questões em agenda e em integrar a delegação portuguesa que for destacada para participar na cimeira.
A Fenprof espera dos responsáveis portugueses “o melhor apoio ao esforço do secretário-geral da ONU de reunir nesta cimeira ambição política, ação, soluções e solidariedade, num compromisso reforçado para transformar a Educação” e, especificamente do Governo, “a necessária vontade política para o desenvolvimento de processos negociais que permitam concretizar essa transformação”.
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