Os secretários de Estado da Educação, Alexandra Leitão, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, salientaram a importância de um Ensino Superior gratuito, na Convenção Nacional do Ensino Superior 2030. Segundo a Agência Lusa, à semelhança da posição assumida pelo ministro Manuel Heitor, os governantes defenderam um Ensino Superior tendencialmente gratuito, como acontece com o Básico e Secundário.

"Se não reduzirmos de forma drástica os custos com o Ensino Superior não vamos conseguir que os filhos de classe média consigam estudar no Ensino Superior”, afirmou Pedro Nuno Santos, citado pela Lusa, considerando as propinas “uma barreira” à entrada no Ensino Superior.

Avança a Lusa que, segundo o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, o custo médio de um dependente a estudar numa instituição longe de casa ronda os 240 euros por mês (400 euros se o aluno estudar em Lisboa). Atualmente existem camas para apenas 13% dos estudantes deslocados – 10% no Porto e 6,6% em Lisboa – e, para fazer frente a este problema, o Governo tem um programa que prevê, numa primeira fase, a criação de 12 mil camas em 2021.

Também a secretária de Estado Adjunta e da Educação defendeu medidas de financiamento através da ação social escolar, residências, estatuto do trabalhador e horários pós-laborais e, à margem do encontro, disse que as propinas são um “problema” e que “os serviços públicos têm de ser tendencialmente gratuitos, como está na Constituição”.