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Rui Trindade é o representante nacional no CERI da OCDE

Rui Trindade, professor e investigador da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e colaborador da revista A Página da Educação, foi nomeado representante nacional no Centre for Educational Research and Innovation (CERI) da OCDE – a entidade responsável “pela definição estratégica dos programas de pesquisa da OCDE e, igualmente, pelo desenvolvimento de projetos abrangentes de investigação na área da educação (formal e não-formal)”, como explicou à PÁGINA Rui Trindade.

O trabalho do CERI contribui no apoio aos esforços dos membros e parceiros da OCDE para alcançar um ensino de qualidade para todos, providenciando estudos comparativos internacionais, explorando abordagens inovadoras à educação no contexto da cultura nacional e internacional, e promovendo a cooperação entre os membros na procura de soluções e na partilha de ideias, entre outros.

“Neste momento, faço parte do Conselho de Gestão desta entidade, fruto da aceitação, por parte do CERI, da proposta do governo português. O que espero, com esta participação, é contribuir tanto para a reflexão sobre projetos de investigação que possam contribuir para o desenvolvimento de iniciativas educacionais de natureza democrática, o que, no momento presente, passa por afirmar-me como um obstáculo a qualquer tipo de iniciativas de caráter neoliberal ou neocolonial. Não afirmo que é esta postura que carateriza a ação do CERI, só afirmo que, na complexidade do jogo de interesses e nas tendências ideológicas que inevitavelmente estão presentes numa instituição tão plural, esse é o meu compromisso maior”, referiu Rui Trindade à PÁGINA.

Para Rui Trindade, “esta é, também e por outro lado, uma oportunidade de compreender o «modus operandi» de uma instituição educacionalmente muito influente no mundo em que vivemos e de trabalhar nas e a partir das zonas de tensão que se vislumbram na sua agenda política”. “Há que reconhecer que muitos seus estudos são fontes de informação valiosas e interessantes que não podemos desprezar, assim como há trabalhos e projetos que terão de ser objeto de interpelação, equacionando os seus riscos e denunciando quer os projetos de inspiração meritocrática quer as abordagens de pendor tecnocrático, sem que isso possa significar que entro no campo das intervenções diletantes porque desfasadas da realidade e onde a palavra impertinência só pode ser lida como ausência de pertinência. No CERI é a partir deste posicionamento matricial que defino os meus compromissos como cidadão português que não deixa, no entanto, de se assumir como um cidadão do mundo”, acrescentou.

A comissão administrativa do CERI, em funções até 31 de dezembro de 2021, é presidida por Hege Nilssen, da Noruega.


  
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