Um estudo patrocinado pela Comissão Europeia, apresentado na segunda-feira em Bruxelas, revela que Portugal tem uma das mais altas percentagens de jovens que não têm dinheiro para prosseguir os estudos (38%).
O estudo revela que um terço dos jovens portugueses que participaram neste inquérito disseram não ter tempo para estudar por terem de trabalhar, sendo o valor mais elevado entre os países analisados. Entre outros fatores, o relatório alerta que o valor das propinas nas universidades públicas ultrapassa os mil euros por ano, além das despesas adicionais, como a deslocação da área de residência – 45% dos jovens têm de sair da sua cidade para continuar a estudar.
Por seu lado, os empregadores falam de escassez de competências, muitos deles (3 em cada 10) revelando que não preenchem vagas por não encontrarem candidatos com as habilitações necessárias. O estudo indica ainda que menos de metade dos estudantes (47%) acha que “a educação pós-secundária melhorou as suas oportunidades de emprego”.
No inquérito Educação para o Emprego: Pôr a Juventude Europeia a Trabalhar, elaborado pela consultora McKenzie e divulgado pela agência Lusa, foram inquiridos 5.300 jovens, 2.600 empregadores e 700 instituições educativas de oito países da União Europeia: Alemanha, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia.
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