Página  >  Notícias  >  Revista de Imprensa Internacional: destaques do “The Guardian” 24-28 Outubro

Revista de Imprensa Internacional: destaques do “The Guardian” 24-28 Outubro

Sistema de formar novos “aprendizes” não é o que parece (28 Out)

Há algumas semanas o fabricante de aeronaves BAE Systems anunciou 3.000 despedimentos. Dois meses antes a Bombardier tinha admitido o encerramento de 1.400 postos de trabalho.

Assim, foi para muitos uma surpresa ler que o número de pessoas que começam a frequentar o programa de estágios “Apprenticeship” destinado a formar profissionais com competências específicas nas áreas de fabricação e engenharia tinha crescido quase um quarto neste ano lectivo.

No total, cerca de 422.700 pessoas iniciaram este tipo de aprendizagem [que funciona como uma réplica actual do sistema de formação de “aprendizes”] em vários sectores no ano lectivo anterior - um aumento de mais de metade em relação ao ano de 2009/2010, quando o número ficava nos 279.700.

Este tipo de programas profissionalizantes são apontados como uma das soluções para o problema de desemprego dos jovens que se aproxima de um milhão. 40% do número total de novos aprendizes tem mais de 25 anos. Mas o crescimento no número de sub-19 a frequentar o “Apprenticeship” abrandou. No último ano lectivo, cresceu 10%, quando no anterior tinha passando os 17,5%.

Uma questão problemática é o sector em que os programas de treino são disponibilizados. O Governo quer que a economia seja menos dependente do sector do retalho e mais da construção.

Mas enquanto o número de estágios iniciados em empresas de retalho e comércio aumentou 63% no último ano lectivo, houve apenas um aumento de 5,3% nos iniciados no sector da construção. Os programas iniciados em administração de empresas e direito cresceram mais de 70%, enquanto os de engenharia e tecnologias de fabricação aumentaram menos de um quarto.

Professores pressionam Governo sobre mudanças nas pensões (26 Out)

Milhares de professores viajaram de todo o país para Westminster na quarta-feira para apelar aos seus deputados que revertam as alterações propostas pelo Executivo ao seu plano de pensões. O ministro das Escolas, Nick Gibb recebeu uma petição com 150 mil assinaturas contra as mudanças.

O Governo propôs que os novos professores a serem colocados em Inglaterra e no País de Gales ficassem numa posição equivalente a uma carreira média, ao invés de auferir de um esquema de salário-final. Outra proposta é a de aumentar a idade legal de reforma de 65 para 68 anos.

As contribuições para as reformas podem subir para metade em 2014, mas o Executivo quer mudar a forma como as pensões são calculadas. Isto significaria que as pensões seriam anexadas ao índice de preços ao consumidor, que historicamente tem aumentado menos por ano do que o índice de preços. 

A menos que as reformas sejam chumbadas, os professores vão agendar a maior greve das últimas décadas. Os membros de quatro sindicatos já votaram a favor da realização de greves rotativas e de uma acção concertada a 30 de Novembro.

Orçamento da educação enfrenta corte mais significativo desde 1950 (24 Out)

Os gastos com educação estão a sofrer um corte de mais de 14% - o maior desde 1950, alertam os peritos em impostos e gastos Grã-Bretanha.

Investigadores do Instituto de Estudos Fiscais (IEF), um respeitado grupo de reflexão, calcularam que os gastos públicos com educação no Reino Unido vão cair cerca de 14,4% entre 2010-11 e 2014-15. Segundo este grupo, a descida representa o maior corte de gastos em educação sobre qualquer período de quatro anos, pelo menos desde a década de 1950.

No estudo “Tendências em Educação e Gastos das Escolas”, os investigadores descobriram que os projectos de construção de escolas e colégios serão os mais afetados com os cortes no financiamento. Os orçamentos para esses projetos serão menos de metade.

As universidades terão um corte de 40% no financiamento, embora este venha a ser compensado por taxas mais elevadas de propinas que poderão ir até às 9 mil libras (aproximadamente 10 mil euros). A educação dos jovens entre os16 e 19 anos e dos menores de cinco anos vão sofrer uma queda de financiamento de 20% em termos reais, segundo o estudo.

A maioria das escolas vai ter uma redução real a curto prazo do orçamento durante os próximos quatro anos, avisam os investigadores, ainda que aquelas com alunos considerados vulneráveis possam vir a ter um aumento real proveniente de fundos estatais.

a Página 31/10/2011


  
Ficha do Artigo
Imprimir Abrir como PDF

Partilhar nas redes sociais:

|


Publicidade


Voltar ao Topo