A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) rejeitou a terceira versão da proposta de avaliação do desempenho docente apresentada dia 6 de Setembro pelo Ministério de Educação e Ciência (MEC).
Depois de ter ontem organizado uma série de plenários, em vários pontos do país para debater a nova proposta do MEC, a FENPROF afirma que não assinará qualquer acordo, lê-se num comunicado.
A estrutura sindical tem agendado para amanhã de manhã um novo encontro com o secretário de Estado João Casanova de Almeida e espera que nessa reunião o MEC apresente uma quarta proposta que permita prosseguir as negociações.
Recorde-se que, no início do processo de apresentação do novo modelo, o ministro da Educação, Nuno Crato, anunciara a intenção de encerrar as negociações dia 9 deste mês, precisamente amanhã. Uma vontade que parece agora improvável.
Ontem, segundo a estrutura sindical, participaram nos plenários cerca de mil e quinhentos professores e educadores, repartidos por vários pontos do país. As quotas para as notas mais elevadas, a implicação da avaliação nos concursos, cinco níveis de classificação (do insuficiente ao excelente) e "falta de clareza" são apontados pelos sindicatos como pontos de maior contestação e razão para a proposta governamental não merecer acordo.
A FENPROF reafirma, em comunicado, que não assinará qualquer acordo, caso não sejam alterados aspectos "considerados essenciais" como os enumerados. Para além desta organização também a Federação Nacional da Educação (FNE) já se pronunciou contra a última versão apresentada pelo ministério. As duas estruturas sindicais têm reuniões marcadas para amanhã.
Apesar destas posições, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, mostrou-se ontem esperançado na obtenção de um acordo sobre o modelo de avaliação dos professores com as organizações sindicais do sector.
08-09-2011 LUSA/ a Página
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