O Ministério da Educação e Ciência (MEC) autorizou a contratação de 214 psicólogos escolares para o corrente ano letivo, um “número semelhante ao do ano anterior, tendo em conta as necessidades das escolas”. Com esta medida, 72 por cento dos agrupamentos escolares e escolas não agrupadas contam “com um ou mais psicólogos”, de acordo com a tutela.

“A Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares efetuou uma avaliação do número de psicólogos necessários à sua rede de estabelecimentos de ensino e apresentou uma proposta fundamentada à tutela. O número de psicólogos contratados anualmente passou de 176 em 2011/12 para 214 em 2014/15”, refere o MEC à agência Lusa, acrescentando: “Aos profissionais cuja contratação foi autorizada juntam-se ainda os psicólogos que se encontram nos quadros – 424 – e aqueles que poderão ser contratados pelas escolas com contrato de autonomia e pelas escolas integradas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP)”. Segundo o MEC, o objetivo no rácio de psicólogos na rede de escolas públicas passa por ter “no mínimo um psicólogo a tempo inteiro em cada agrupamento”.

Entretanto, cerca de 1.500 professores vão receber formação para conseguirem identificar a diferença entre um comportamento desafiador, que é “normal”, e atitudes que podem estar a esconder uma perturbação psiquiátrica nas crianças e adolescentes. A iniciativa está integrada no programa WhySchool, que vai abranger 16 agrupamentos de escolas.

De acordo com a Aliança Europeia contra a Depressão em Portugal (Eutimia), o objetivo da formação dos docentes é “melhorar a literacia e as aptidões na gestão dos problemas de saúde mental, em particular na identificação de casos, triagem, referenciação e apoio aos casos em risco”, avança a agência Lusa. Além disso, o projeto – que é financiado pelo programa Iniciativas em Saúde Pública/EEA Grants, operado em Portugal pela Administração Central do Sistema de Saúde – prevê ainda a realização de uma campanha nacional de sensibilização para o bulling e o ciberbulling.