Sumário
004. Quem nos dera já a primavera!... Editorial de Ana Brito Jorge
006. CARLINDA LEITE
“Não podemos ignorar que existe um desentusiasmo dos professores, só não vê quem não quiser. E não porque os professores não gostem da sua profissão – estou em crer que é precisamente porque gostam e lhes desagrada a mudança contínua. Um exemplo concreto: a legislação sobre a organização curricular determinava que as escolas e os professores tinham de conceber projetos em função das competências. Vem uma medida e já não são só as competências; são as metas, e algumas escolas começaram a reorganizar os planos curriculares em função das metas. Vem outra medida e as metas estão acabadas; aquele trabalho fica anulado. E agora já são outras metas e nem sequer se pode falar em competências...”
016. Sobre Sérgio Niza
Um homem que assume os seus compromissos políticos e pedagógicos de forma inteligente, informada, exigente, culta e congruente. Ariana Cosme / Rui Trindade
018. Os professores no centro das reformas educativas
A qualidade e desempenho dos sistemas educativos dependem cada vez mais daquilo que os professores sabem e fazem na sala de aula. Xavier Bonal
020. Em estratégia não há espaços vazios
As mudanças “cirúrgicas” não entendem toda a interdependência das alterações necessárias para que uma escola se torne espaço de inclusão, de equidade, de cidadania e de solidariedade. David Rodrigues
022. Cursos vocacionais do Ensino Básico: insídia ou inocência?
Em causa o encaminhamento segregativo de alunos com insucesso no ensino regular para uma via escolar claramente alternativa, mas desvalorizada. Manuel Matos
024. TEIPs: serão realidades semelhantes?
Não sei quais as características dos TEIP 3. Mas nos TEIP 2 estávamos já longe dos TEIP 1, em que qualquer situação é, de facto, um problema. José Rafael Tormenta
026. Equívocos ministeriais
É preocupante o modo como a educação vem sendo (mal) tratada por sucessivos (des)governos. José Pacheco
028. Desqualificar as pessoas, desvalorizar o trabalho
Desde a tomada de posse deste governo, muitas e graves foram as decisões tomadas na Educação e Formação de Adultos, visando a sua destruição. Teresa Medina
030. Educação não é escola. Aprender não é (apenas pela) educação
O saber experiencial não tem de ser reconhecido para conferir qualificações, mas como modo alternativo de aprendizagem. Henrique Vaz
032. Isto é a globalização, estúpido!
Quando o movimento de estudantes internacionais esbarra com a segurança das fronteiras, encontra-se com o mercado. Susan L. Robertson
035. ELENA THEODOROPOULOU
“O que devemos esperar da Educação é que, sendo capaz de alterar os conceitos, os valores, os referenciais, possa representar um papel transformador, um papel inovador nas sociedades. Se há uma crise de sentido, nós não respondemos a essa crise com respostas prefabricadas. Não se está a ousar colocar a questão crucial e não se ousa dizer que não se tem a resposta. Nós perdemos a nossa juventude, porque todas as respostas estavam já respondidas; mas, no meu ponto de vista, o défice não está tanto nas respostas, mas nas questões.”
038. Tecnologia no Ensino Secundário
A Escola precisa de tirar melhor partido do que podem oferecer as ferramentas digitais. Hoje não há desculpas para não se mostrarem vídeos na sala de aula. Jaime Carvalho e Silva
040. Qualquer semelhança com a TV não é mera coincidência
Ainda que não mais se discuta se os artefatos devem estar nas salas de aula, não está superada a pergunta: para quê? Raquel Goulart Barreto
042. Da imaterialidade dos bits
Só através de uma imaginosa operação nos temos habituado a conceder que os “bits” são imateriais, enquanto os “gramas”, porque pesam, são ditos materiais. Francisco Silva
043. Time to Be Creative
“If you’re not prepared to be wrong, you’ll never come up with anything original”. Betina Astride
044. Balizas de señalización o la cuestión del método en pedagogía social
Los principios metodológicos se constituyen como una espécie de balizas de señalización que ayudan a los educadores sociales a orientarse en el incierto y complejo océano de las relaciones humanas. Xavier Úcar
046. Transformar o olhar patologizador das diferenças
A medição sociopedagógica como ferramenta de transformação do olhar monocultural e etnocêntrico. Ana Vieira
047. Ensino de história e cultura afro-brasileira e africana
Dez anos depois da aprovação da lei que determinou a obrigatoriedade da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil, registam-se alguns avanços e novos desafios. Petronilha G. Silva
048. Valas e valões
O desafio, hoje, é disputar uma Escola que incorpore realidades diversas para superá-las; que seja capaz de estreitar margens e apresentar possibilidades reais de outros mundos. Roberto Marques
050. A escola do aluno caminhador
Os governos preferem investir em ridículas apostilas com que desejam controlar o que docentes e discentes devem fazer para se saírem bem nas provas que os vão avaliar. António E. Nascimento
052. Professores híbridos: identidades em movimento
Ser capaz de acompanhar a movimentação do sistema globalizado.
Transformar o outro e a si mesmo numa busca constante por atualização científica e ético-moral. Esses são alguns dos desafios a serem enfrentados pelo educador hoje. Cláudio P. Vargas
056. Deus nos livre
Quando ouvimos repetidamente que, para vencer a crise, é necessário “refundar o Estado e renovar a Constituição”, somos levados a perguntar se não é urgente refundir primeiro as mentes... Leonel Cosme
058. Manifesto para uma Europa num barco a remos
Urge pensar novos modelos de democracia e de intervenção democrática. Urge uma mudança constitucional do sistema político e governativo. Paulo Raposo
060. A Europa é uma violência. Uma incubadora de credenciados indignados. Portugal precisa de um projeto para si e para o mundo. João M. Paraskeva
061. Escuta, Zé Ninguém
O Governo, por sua vontade, privatizava tudo: a Saúde, a Educação, a Justiça, a Defesa... Enfim, tudo o que pode ser serviço público! Manuel Sérgio
062. A futebolização de todos nós
Parece que a mídia e seus produtos, sendo o futebol um deles, circulam livremente pelo mundo, compondo e recompondo as identidades de todos nós e de cada um em particular. Rodrigo Koch
064. Mudança de paradigma
Não temos de preparar para o mercado de trabalho. Temos de mudar de vida, e para isso temos de pensar. Carlos Mota
065. Bem público, participação cidadã e utopia social
Importa promover um debate amplo e aprofundado em torno de questões antropólogicas cruciais. Isabel Batista
066. Apoio a vítimas de crimes: ainda há muito a fazer
Dados estatísticos da APAV confirmam que a violência doméstica é o crime mais reportado desde; as vítimas são maioritariamente mulheres, avultando os maus tratos psíquicos e físicos. Maria João Leite
068. Novos rostos na pobreza
Perdeu-se quase tudo, menos a vergonha, porque a necessidade não faz com que seja mais fácil pedir ajuda. São muitos os novos rostos que a pobreza não conhecia, mas que um dia menos normal fez com que estendessem a mão. Reportagem de Maria João Leite e Ana Alvim
072. Nos 20 anos da PÁGINA
Esta revista é a última do ano do 20º aniversário – efeméride que a direção optou por assinalar sobretudo em termos editoriais. António Baldaia
079. Páginas de esperança, responsabilidade e liberdade
Apresentação de “Fragmentos de Escrita Público”, de Almerindo Janela Afonso – terceiro volume da Coleção a Página. Isabel Baptista
080. GÓLGOTA Portefólio de Lucília Monteiro
090. Que pena... Que pena...
Para o Manuel António Pina. Paulo Teixeira de Sousa
092. ALBANO MARTINS
“Diria que ele [o próprio] é um homem torturado que passa os dias a interrogar – a interrogar-se – e não encontra resposta para as questões essenciais que a existência lhe coloca. Que é, também, um homem apaixonado, um enamorado da beleza, esteja ela onde estiver, assuma ela as feições que assumir. E, ainda, que aspira a um mundo donde sejam banidas as injustiças e onde as crianças e todos os inocentes não sejam maltratados, humilhados, feridos, ofendidos. Alguém que, utopicamente (mas de utopias está cheia a história da humanidade), aspira à construção de uma nova idade de ouro, na qual a felicidade esteja, de facto, ao alcance do homem.”
098. As sonoridades das máscaras
A presença diferenciada das sonoridades musicais nas festas tradicionais com máscaras integra distintos rituais e assume diversas funções. Mário Correia
102. O acidente
Nunca tinham feito qualquer reparo sobre o modo como ia trabalhando. Por isso, foi quase inacreditável quando se deu conta de como o seu investimento tinha sido invasivo, ameaçador... Angelina Carvalho
104. Nos “cria que” e “pensava que” acontecem os “equivoquei-me”
Com Alice Miller estávamos mais interessados no entendimento da vida social dos mais novos, as suas formas de pensar e as suas relações com os adultos. Raul Iturra
105. Fragatas
Aí, onde afagas a margem da minha cidade, onde correm águas que fazem de prata o berço das fragatas... Luís Vendeirinho
106. A propósito do cinema iraniano: refletindo sobre a infância
O cinema de infância, apesar de numerosos sucessos, não escapa nem à mediocridade, nem à falta de talento, nem a uma forte proliferação de lugares-comuns. José Miguel Lopes
108. Inflação dos diagnósticos: uma realidade em psicologia escolar?
Estaremos perante uma inflação dos diagnósticos por forma a contornar a limitação dos apoios prevista na Lei? Rui Tinoco
109. O currículo oculto das escolas
Devendo a saúde estar presente em todas as políticas, a oferta alimentar saudável em meio escolar é uma das prioridades. Nuno Pereira de Sousa
110. Vitamina C
A vitamina C não se armazena no organismo. Por este motivo, é importante que a sua administração/ingestão seja diária. Visionarium - Departamento de Conteúdos Científicos
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