Analistas de um banco suíço ? o UBS ? falam em "quebra de desempenho" nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia e consideram inevitável uma recessão mundial, mais forte nos Estados Unidos mas também prolongada na Europa e na Ásia. Naquela linguagem eufemística do meio, diz-se que a economia americana deve registar no decorrer do segundo semestre, uma quebra de desempenho " que deverá durar quatro trimestres pelo menos", e que terá réplicas na Europa Segundo estes bancários, os países mais afectados pela especulação imobiliária como os Estados Unidos e a Espanha serão particularmente afectados pelo abrandamento económico verificado nos mercados. A coisa parece ser tão séria que já são poucos os que se lembram das notícias que dominavam os telejornais antes da chegada deste tema chave que é a crise do "sub prime". Para continuar a usar outra expressão eufemística Tudo isto a embalar as eleições presidenciais nos Estados Unidos da América, pais bem no centro desta crise, e a fazer olhar os investidores para os BRIC, quarto países (Brasil, Rússia, Índia e China) cujo crescimento continua elevadíssimo. Será que os BRIC poderão salvar o Mundo de uma nova recessão? Ou será que esta recessão que se aproxima vai determinar profundas mudanças dos mercados, nomeadamente também nos mercados financeiro e imobiliário, epicentros da crise? É que agora nem a "zanga" da chanceler alemã Ângela Merkl, desagradada com o estilo afectuoso do presidente francês que sempre que se encontra com ela lhe dá dois os três beijinhos e lhe faz festinhas, consegue tirar a crise das títulos de primeira. Está bem de ver que a crise veio para ficar, pelo menos nas primeiras páginas dos jornais e na primeira linha dos alinhamentos dos jornais da rádio e dos telejornais. Nem Bush nem Obama, nem Palin nem Osama? O que está a dar é este tsunami financeiro do subprime e das bolsas e do petróleo e do euro face ao dólar ? Vento mais seco que o Vento Leste não há?
Júlio Roldão
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