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SBY é a grande novidade da rentrée

Enquanto George W, Bush garantia, nas Nações Unidas, que os Estados Unidos da América tinham feito respeitar ?as justas exigências do Mundo? ao invadir o Iraque em Março de 2003, Kofi Annan insistia em classificar tal guerra de ilegal à luz da Carta das Nações.
O secretário geral da ONU, Kofi Annan, lembrou a crescente necessidade do Mundo encontrar mecanismos eficazes para descobrir as soluções que os problemas comuns exigem, regerindo expressamente os prolongados conflitos do Médio Oriente e do Iraque.
Em nome da Europa, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Holanda, Bernard Bot, apoiou expressamente a intervenção de Kofi Annan sublinhando que "o terrorismo não pode ser evocado como alibi para a violação dos Direitos Humanos e reafirmando a importância da criação do Tribunal Penal Internacional, instituição a que os EUA não querem submeter-se.
Na ?rentrée? mundial (em que a brutalidade do massacre na tristemente célebre escola da Ossétia do Norte se destacou das brutalidades continuadas e já habituais), o tema sobre a mesa é o de um realinhamento geo-político que substitua o vigente, saído da segunda Guerra Mundial.
Aumentar ou não o número de países com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma das questões. Japão, Brasil, Alemanha e Índia são candidatos a uma cadeira vitalícia no Conselho de Segurança.
O Brasil, que se fez representar pelo presidente Lula da Silva, defendeu a instituição de um imposto mundial para combater a fome. Tudo isto na véspera das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América e na antevéspera das eleições no Iraque, uma promessa que a Guerra ali em curso pode fazer adiar, pelo menos nas regiões não controladas pela tropa Americana.
Nesta rentrée da política mundial a única novidade é o aparecimento de uma nova sigla a reter: SBY. São as iniciais e a alcunha com que é conhecido o ex-militar Susilo Bambang Yudhoyono, o presidente eleito da Indonésia, o mais populoso dos países muçulmanos.


  
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Edição:

N.º 138
Ano 13, Outubro 2004

Autoria:

João Rita
Jornalista, Porto
João Rita
Jornalista, Porto

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