A escritora Maria Alberta Menéres morreu ontem ao final da tarde. Tinha 88 anos e uma vasta obra literária, da qual se destaca “Ulisses”, uma adaptação da obra de Homero para alunos do sexto ano. Foi também professora de Língua Portuguesa e de História, nos ensinos Básico e Secundário.
Nasceu a 25 de agosto de 1930, em Vila Nova de Gaia. Escritora, poetisa, professora, soma dezenas de obras infanto-juvenis, entre contos, poesia e banda desenhada. Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria Alberta Menéres criou programas televisivos para crianças, foi diretora do Departamento de Programas Infantis e Juvenis da RTP, entre 1974 e 1986, foi assessora do Provedor de Justiça, de 1993 a 1998, criou o conceito do “Pirilampo Mágico”, tendo sido autora das letras das canções dessa campanha, durante seis anos, e fez traduções, adaptações, peças de teatro e poesia adulta. Recebeu, em 1986, o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e, em 2010, a Condecoração da Ordem de Mérito Civil no grau de Comendador.
Entre os livros publicados contam-se “A Palavra Imperceptível” (1955), “Oração de Páscoa” (1958), “Conversas em Versos” (1968), “Ulisses” (1970), “O poema disse ao poema poema” (1974), “Um Camaleão na gaveta” (1988), “Camões, o Super Herói da Língua Portuguesa” (2010) e “À Beira do Lago dos Encantos” (2016), entre muitos outros.
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