Quase metade dos 13.500 docentes inscritos não fizeram a “prova de avaliação de capacidades e conhecimentos” (PACC) marcada para hoje, 18 de dezembro, devido à greve convocada pela maioria dos sindicatos de professores e a uma série de perturbações e boicotes em muitas escolas onde a prova deveria ter lugar.

Em conferência de imprensa conjunta com outras cinco organizações sindicais, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, referiu que seis mil docentes não terão realizado o exame e que as perturbações que tiveram lugar nas escolas foram “proporcionais à humilhação a que o ministério quis sujeitar os professores”.

Por seu lado, o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, lamentou os “incidentes que puseram em causa a realização” da prova e anunciou que o MEC vai marcar uma nova data, a divulgar em breve, garantindo que os que a não conseguiram realizar o poderão fazer, “salvaguardando a sua habilitação ao concurso de colocação de professores”.

Contudo, as seis organizações sindicais já anunciaram que a luta contra a PACC vai continuar – recorde-se que, após um envolvimento inicial, a Federação Nacional da Educação (FNE, conotada com a UGT) recuou na sua posição e cedeu a um entendimento com o MEC, retirando-se da contestação à prova.