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Há 250 anos a olhar a cidade

A vista magnífica sobre o Porto compensa os 197 degraus que separam a bilheteira do topo da Torre dos Clérigos. São 360 graus de uma vista privilegiada, que lança do alto dos seus cerca de 75 metros um olhar atento sobre a cidade, a que nem o mar escapa. É assim há 250 anos.

À medida que se vão subindo os degraus de pedra, que no total rondam os 225, pequenas aberturas na estrutura preparam os visitantes para a vista extraordinária que vão encontrar no final – uma espécie de prémio aos resistentes, que contempla o rio Douro, a Sé, os Aliados, o Palácio de Cristal, todo o Porto ao alcance da vista. À passagem pelo terceiro andar é possível ver também um moderno carrilhão, instalado na década de ‘90.

A Torre dos Clérigos é um dos pontos turísticos de referência, do Porto e do país, e recebe milhares de visitantes por ano. É um monumento barroco, com belos pormenores, assinado pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni. O projeto foi lançado em 1731 e a construção teve início um ano mais tarde: primeiro a igreja (1732-1750), depois a enfermaria (1753-1758) e, por fim, a torre (1754-1763).

É considerado um ex-libris do Porto e é monumento nacional desde 1910. É uma das mais importantes obras que Nasoni deixou na cidade pela qual se apaixonou e onde viria a morrer em 1773, dez anos depois de estar concluída a torre. O corpo do arquiteto está sepultado no interior da igreja dos Clérigos.

Os 250 anos da Torre dos Clérigos são assinalados pela Irmandade dos Clérigos com diversas iniciativas que vão decorrer ao longo do ano e incluem concertos, exposições e conferências, entre outras. Mas a data é assinalada também através de uma edição especial de postais dos CTT, de uma moeda de dois euros alusiva à data, dos bombons Clerigus criados pela confeitaria Arcádia, de um sabonete especial lançado pela Ach Brito e da reedição de «Uma Aventura no Porto», de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com um novo capítulo na torre.

O monumento pode ser visitado todos os dias, das 9 horas às 19. O bilhete normal custa dois euros, o bilhete com binóculos vale três euros e o bilhete com audioguia custa cinco euros.

Maria João Leite

©António Alvim


  
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