Vinte anos de Festival Intercéltico é muito tempo, muitas músicas, muitas celebrações, muitas viagens. Viagens musicais que, para a edição de 2019, de 1 a 3 de agosto, começam do outro lado do Atlântico, na Patagónia, de onde vêm os Melkisedeck, um grupo fascinado pela herança céltico-britânica que noutros tempos emigrou para terras argentinas, porventura aproveitando para (re)visitar as terras escocesas, de onde chegam os Fourth Moon. A caravana pode embrenhar-se no continente e rumar à Ocitânia, de onde viajam os La Talvera, com passagem pelo País Basco, onde se incorporarão os Kolme Katu, todos com músicas de raiz abertas ao mundo e dialogantes com outros géneros musicais.

Optando pela cordilheira cantábrica, como se seguissem as sendas das peregrinações jacobeias, encontrar-se-ão com os Dobra, do celebrado virtuoso das gaitas de foles, Xuacu Amieva. Baixando por terras de Leão e de Castela, juntam-se à caravana La Bazanca e Castijazazz, do flautista Carlos Soto, acompanhado pelo Folk Quintet.

E assim entrando pela fronteira de Miranda do Douro, em Sendim se encontrarão com três duos de excelência: Jorge Lira & Paco Díez, recriando repertórios do romanceiro ibérico na sanfona e na guitarra; Carlos Zíngaro & Manuel Guimarães, improvisando sobre temas tradicionais transmontanos em violino e piano; Ana Correia & Tânia Pires, numa evocação da cantadeira de Caçarelhos, Adélia Garcia (1933-2016).