“O Programa Transversal visa promover a cooperação europeia em domínios que abranjam dois ou mais subprogramas sectoriais e promover a qualidade e a transparência entre os sistemas de educação e formação dos Estados-membros” (Agência Nacional PROALV).
O Programa Transversal, que se inscreve no Programa Aprendizagem ao Longo da Vida, é composto por quatro actividades-chave: política de cooperação e inovação; línguas; tecnologias de informação e comunicação (TIC); divulgação e disseminação de resultados. No âmbito da primeira actividade-chave, o programa inclui uma acção descentralizada de visitas de estudo gerida pela Agência Nacional. Foi a uma dessas visitas de estudo, subvencionada, que eu me candidatei. Sumariamente, aqui fica mais uma experiência de aprendizagem ao longo da vida. Out.2010: com entusiasmo e expectativa candidatei-me ao 2o período de candidaturas para visitas de estudo. Jan.2011: com alegria tive a notícia da minha selecção para a visita de estudo a Bruxelas sob o tema Educational Network - working in partnership. Fevereiro: foi tempo para preparar a apresentação individual necessária, tomar conhecimento da documentação recebida, marcar a viagem e entrar em contacto com os outros participantes. Mar.2010: o dia da partida aproximava-se... Dia 13: primeiro encontro dos participantes com a organizadora de toda a visita. Expectativa era a palavra que se lia no olhar de todos. Após uma breve apresentação, passou-se em revista o programa de toda a semana e foram dadas algumas informações. Dias 14-18: durante a semana, o programa foi muito interessante. Entre alguma contextualização teórica, clarificando as informações a que já tínhamos tido acesso anteriormente, e a visita a escolas de diferentes níveis de ensino e instituições que colaboram no trabalho de parcerias, os dias de trabalho foram passando com muita intensidade e muito enriquecimento pessoal e profissional. Os fins de tarde eram preenchidos em encontros informais destinados à elaboração do relatório de grupo que tínhamos a nosso encargo. Fomos, então, conhecendo a realidade particular das instituições de todos os participantes e, de um modo geral, a realidade existente nos nossos países. Pudemos estabelecer semelhantes, enumerar diferenças e situar a nossa realidade no panorama do tema em questão. Senti-me muito orgulhosa ao verificar que o agrupamento onde trabalho – e, de um modo geral, as escolas portuguesas – consegue um bom nível de trabalho em parceria com instituições da comunidade local. Refiro-me, concretamente, ao trabalho de equipa que o agrupamento estabelece com a Câmara Municipal, as instituições culturais, desportivas, de solidariedade social, de apoio a pessoas com deficiência, de saúde e também com o comércio local, tanto no desenvolvimento de actividades lectivas como das actividades de enriquecimento curricular e de apoio à família. Com o passar das horas, os 15 elementos (de 13 nacionalidades) foram estreitando laços de camaradagem, principalmente em língua inglesa, mas não só. Viveu-se comunhão na diversidade e sempre que tal acontece temos motivo para celebrar. O quotidiano foi também feito de descobertas pelo espaço da cidade e das suas gentes. Não admira que no final da semana todos nos sentíssemos gostosamente estafados! Dias 19-20: o fim-de-semana foi tempo de partida, de regresso. Em diferentes momentos, o grupo foi-se desfazendo e a sensação de que aqueles dias nos iriam deixar fortes memórias era clara. Após o retorno, foi tempo de organizar os papéis, as fotos e as ideias-chave para partilhar com os colegas e parceiros das redes de trabalho; redigir um relatório individual sobre a visita de estudo para enviar à Agência Nacional também fez parte das tarefas. Consequências: para além de uma experiência fantástica, a possibilidade de iniciar projectos de parceria – por exemplo, organizar uma rede de trabalho virtual onde os professores, e outros profissionais que com eles interagem, possam desenvolver ideias e acções.
Betina Astride
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