O escritor Mia Couto foi distinguido, por unanimidade, com o Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca da Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o livro ‘Compêndio para desenterrar nuvens’, editado no ano passado pela Caminho, anuncia a editora em nota de imprensa.
“O volume é constituído por vinte e duas histórias que nos convocam para longínquas paragens, para distantes culturas, ainda que bem próximas de nós no que ao essencial diz respeito (guerras, fome, secas, tóxicas relações de poder, violências de todo o tipo…)”, refere o júri, constituído por Fernando Batista, Mário Avelar e Paula Mendes Coelho.
“Misturando sabiamente o código realista e o código imaginário sem nunca esquecer o registo lírico, Mia Couto continua a denunciar as injustiças de onde quer que elas venham, sem deixar de nos alertar, ainda que em tom geralmente irónico, para novas submissões, novas ameaças bem perniciosas”, acrescenta.
Instituído em 2023, pela APE e patrocinado pela Câmara Municipal de Cascais e Fundação D. Luís I, o Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca destina-se a galardoar anualmente uma obra de contos em português.
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