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Líderes locais alertam para os desafios do projeto europeu

O despovoamento e a ‘fuga de cérebros’ estão a ameaçar a recuperação e coesão da Europa, alertaram os representantes dos municípios e das regiões da União Europeia (UE). No debate com Dubravka Šuica, vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pela Democracia e Demografia, os membros do Comité das Regiões Europeu referiram que a ‘fuga de cérebros’ e as crescentes disparidades regionais são um risco para a sustentabilidade a longo prazo do projeto europeu.

Os esforços da Comissão Europeia para reduzir as disparidades territoriais e apoiar as regiões que enfrentam esses desafios são louvados pelos dirigentes locais e regionais, que, no entanto, pedem que se identifique melhor a diversidade dos desafios e das oportunidades nas diferentes regiões, para permitir medidas adaptadas a cada uma delas, especialmente tendo em conta as necessidades de requalificação e de melhoria de competências associadas à transição ecológica e digital.

“A UE enfrenta desigualdades crescentes, mas algumas regiões estão em maior risco de ficar para trás. Quando os jovens deixam o seu local de origem para encontrar oportunidades noutros locais, isto é um aviso de que há necessidade de agir e rapidamente. O Comité Europeu das Regiões congratula-se com a proposta específica da Comissão Europeia ‘Aproveitar os talentos nas regiões da Europa’ destinada a ajudar a impulsionar o desenvolvimento regional em 82 regiões. A política de coesão representa um instrumento fundamental, combinado com outros fatores, para promover soluções que possam responder melhor às necessidades de cada território. Temos o dever de ter  soluções para todos aqueles que se sentem deixados para trás. A rápida implementação desta Comunicação representaria um sucesso tangível no âmbito do Ano Europeu das Competências”, afirma Vasco Alves Cordeiro, presidente do Comité das Regiões Europeu.

Por seu lado, Dubravka Šuica, considera que “a liberdade de circulação é uma das realizações mais preciosas da UE. Para complementar isto, temos de assegurar que as regiões que experimentam uma diminuição da população e, assim, enfrentam uma ‘armadilha de desenvolvimento de talentos’ tenham os meios para atrair e aproveitar o fruto dos seus investimentos. As mudanças demográficas podem ser uma oportunidade para reforçar a resiliência em todos os territórios da UE”.

A comunicação da Comissão Europeia identifica 46 regiões da UE que já enfrentam uma “estagnação do desenvolvimento de talentos” e 36 que estão em risco de se encontrarem na mesma situação. A Comissão Europeia propõe a criação de um mecanismo para estimular os talentos, no sentido de proporcionar apoio e assistência específicos para essas regiões.


  
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