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As práticas culturais dos portugueses, segundo estudo da Gulbenkian

Quais os consumos culturais dos portugueses, as suas práticas de leitura ou as suas idas ao cinema ou ao museu? As respostas estão no estudo ‘Práticas Culturais dos Portugueses’ apresentado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Coordenado por José Machado Pais, Miguel Lobo Antunes e Pedro Magalhães (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), o inquérito foi realizado em 2020 e traça o retrato da diversidade das práticas culturais no nosso país.

O estudo pretende mostrar os consumos culturais através da internet, televisão e rádio; as práticas de leitura; a frequência de bibliotecas, museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos e galerias de arte; e as idas ao cinema, concertos e espetáculos ao vivo. Com este cenário o documento pretende contribuir para a produção de políticas públicas inovadoras. Responderam a este inquérito duas mil cidadãos residentes em Portugal, com 15 ou mais anos de idade, entre os dias 12 de setembro e 28 de dezembro de 2020.

Setenta e um por cento dos inquiridos utilizam a internet (71%), uma percentagem que fica aquém da média dos países da União Eueopria (87%), segundo dados do Eurostat 2021. Uma divergência que pode ser explicada, adianta o estudo, por razões de natureza demográfica, educacional e económica.

Durante a pandemia, o uso da internet foi intensificado no domínio cultural, sobretudo entre os jovens dos 15 aos 24 anos: mais filmes e séries (40%); mais livros, jornais e revistas online (21%); e mais espetáculos de música (16%). O telemóvel é o dispositivo preferencial de acesso à internet, numa lógica de conectividade permanente, lê-se no documento.

No capítulo dos audiovisuais, o número de inquiridos que veem diariamente televisão (90%) é mais do dobro dos que ouvem rádio diariamente (40%) ou dos que se ligam à internet (41%). E quanto aos hábitos de leitura, há a registar que 61% dos inquiridos não leu nenhum livro impresso no último ano – uma percentagem superior do que a registada em Espanha (38%). Dez por cento dos inquiridos leu livros digitais – o país vizinho regista 20%.

Nos 12 meses que antecederam o início da pandemia, 31% dos inquiridos visitaram monumentos históricos, 28% frequentaram museus, 13% deslocaram-se a sítios arqueológicos e 11% frequentaram galerias de arte, refere o estudo. Já o cinema é a atividade cultural com uma taxa de participação mais elevada: 41% dos inquiridos foi ao cinema e 59% nunca foi ao cinema nesse período.

De acordo com o estudo, 61% dos inquiridos apontaram a escola como a instituição que, nesse período de 12 meses, mais se empenhou na realização de visitas a bibliotecas, exposições, museus, monumentos e idas a espetáculos de qualquer tipo; por outro lado, as deslocações com o apoio da família foram referidas por 40% e as combinadas com amigos por 34%.

Mais informações aqui.

©Fundação Calouste Gulbenkian

 


  
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