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Está de regresso o ensino à distância

Está de regresso o ensino à distância para 1,2 milhões de alunos do 1º ao 12º ano. As atividades letivas recomeçam esta segunda-feira, mas em formato digital. Meses depois das últimas aulas online, que marcaram o final do ano letivo passado, as escolas dizem-se mais preparadas para o ensino à distância, mais ainda há problemas a resolver, avança a agência Lusa.

Este regime de aulas online, que no ano passado foi uma surpresa, apresenta-se como uma alternativa. O Governo espera que a suspensão das aulas presenciais seja de curta duração – “nada substitui o ensino presencial”, como frisa o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues –, mas tudo vai depender da evolução da pandemia. Para já, o ensino à distância vai decorrer nas próximas duas semanas.

Este é um cenário para o qual as escolas deveriam estar preparadas, desde o início do ano letivo, e conforme as orientações do Ministério da Educação, mas diretores escolares, professores e pais têm vindo a lançar alertas de que nem todos os problemas foram resolvidos, refere a agência Lusa. Também duas associações de diretores ouvidas pela Lusa confirmaram que as escolas e os professores estão mais bem preparados para o ensino à distância, mas preveem constrangimentos. As preocupações prendem-se, sobretudo, com a falta de computadores e acesso à internet para que os alunos possam acompanhar as aulas online.

Para minimizar as dificuldades, o Governo disse que iria distribuir, ao longo do segundo período, mais de 335 mil computadores, e comprar mais 15 mil, ainda sem data prevista. Além disso, mantém-se o programa #EstudoEmCasa, lançado no ano passado, que transmite aulas na RTP Memória.

Na sexta-feira, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) falava em “confusão instalada” em algumas escolas, com alguns diretores a convocarem professores para darem aulas a partir da escola. De acordo com o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, esta é a opção para responder às necessidades dos alunos que não têm como aceder às aulas online e que, por isso, teriam aulas presenciais, ao mesmo tempo que o professor transmitia a aula para os alunos em casa, numa espécie de regime misto, explica a agência Lusa.

Em conferência de Imprensa, Mário Nogueira lamentou não terem sido resolvidos os problemas, conhecidos e identificados depois de uma primeira experiência do ensino à distância, no ano passado, lembrando que faltam equipamentos para alunos e professores, que persistem os problemas de acesso à internet e que não há qualquer garantia de apoio aos docentes com filhos menores de 12 anos, lê-se no site da Fenprof.

Acusando o Governo de “irresponsabilidade”, o Sindicato de Todos os Professores (STOP) anunciou que vai manter um pré-aviso de greve de uma semana, a partir desta segunda-feira, exigindo condições para o ensino à distância, avança ainda a agência Lusa, que adianta que o STOP se queixa da falta de meios informáticos e acessos à internet para alunos e professores.

 

Regressar às aulas presenciais é prioridade

O ensino à distância vai durar, pelo menos, duas semanas, mas o ministro da Educação garante que a prioridade do Governo é regressar às aulas presenciais, com segurança, assim que for possível. “As escolas foram as últimas a fechar e têm de ser das primeiras infraestruturas a abrir, a começar pelos mais novos, que têm mais dificuldades em lidar com os meios tecnológicos”, referiu hoje Tiago Brandão Rodrigues, no Fórum TSF e citado pelo Jornal de Notícias.

“Não podemos normalizar e sobrevalorizar o ensino à distância”, sublinhou o ministro, acrescentando: “Esperamos que esta paragem de duas semanas possa ser compensada mais tarde, com ensino presencial, no Carnaval, na Páscoa e no final do ano.” Ainda de acordo com o ministro da Educação, as escolas “estão preparadas para acolher e ajudar os alunos” no regresso às aulas online.


  
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