Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis) e da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto analisaram a saúde mental de 355 professores universitários em Portugal e concluíram que, durante a pandemia, cerca de metade dos docentes do Ensino Superior apresentou sintomas de fadiga elevada e exaustão.
Segundo avança o site Notícias U. Porto, o estudo, com coordenação de Ivone Durães e Carla Serrão, indica que 37% dos docentes sofreram burnout associado à atividade profissional, que cerca de um quarto dos professores sentiu sintomas de ansiedade e/ou de depressão e ainda que 60% dos inquiridos tiveram dificuldades em adormecer ou em dormir sem interrupções.
A pandemia obrigou a várias adaptações e lançou diversos desafios aos professores. Segundo o estudo, 96% dos professores inquiridos, entre 19 de junho e 30 de julho, deram aulas à distância. “A incerteza, a necessidade de dar resposta a desafios emergentes, a baixa literacia digital, a ausência de formação e de experiência de ensino através de plataformas online e a ausência de apoio de equipas de tecnologia educacional, que não tiveram mãos a medir, são algumas variáveis que podem explicar estes dados”, referem as responsáveis pelo estudo, citadas pelo Notícias U. Porto. E acrescentam: “É urgente que as instituições de Ensino Superior proporcionem soluções imediatas na resposta a necessidades quer instrumentais, quer socioemocionais a este grupo em particular.”
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