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Diplomatas “justos entre as nações” homenageados na ONU

Aristides de Sousa Mendes e outros sete diplomatas são os grandes homenageados na exposição “Beyond Duty: Diplomats recognized as righteous among the nations”, patente na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. A mostra é dedicada a diplomatas considerados “justos entre as nações” pelo Centro Mundial de Memória do Holocausto, Yad Vashem, por terem ajudado a salvar milhares de judeus no decorrer da Segunda Guerra Mundial, avança a Agência Lusa.

A exposição foi organizada pelas missões de representação na ONU de Portugal, Israel e Peru, no âmbito das comemorações do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala a 27 de janeiro. Na cerimónia de inauguração, António Guterres, secretário-geral da ONU, defendeu que os diplomatas têm “o dever moral de aplicar o Estado de direito” e os “valores democráticos”, em defesa de todos os seres humanos, além de que a comunidade internacional deve “manter fresca” a memória do holocausto, avança a Lusa. A cerimónia contou também com a presença de sobreviventes do holocausto e familiares das vítimas.

Aristides de Sousa Mendes foi cônsul em Bordéus e, contrariando as ordens do governo de António de Oliveira Salazar, deu vistos a milhares de judeus, permitindo a sua fuga. Foi o primeiro diplomata reconhecido pelo centro Yad Vashem como “justo entre as nações”, cidadãos não judeus oficialmente reconhecidos como heróis, acrescenta a Agência Lusa. O Yad Vashem distinguiu até ao momento 36 diplomatas. No Memorial dos Justos, em Jerusalém, estão gravados mais de 25 mil nomes, entre os quais quatro portugueses: Aristides de Sousa Mendes, Sampaio Garrido, José Brito Mendes e Joaquim Carreira.

A exposição pode ser visitada até 9 de fevereiro.

©UN Photo/Manuel Elias


  
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