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Plágio nas candidaturas ao ensino superior britânico

O número de alunos que se candidata à universidade com cartas de motivação pessoais plagiadas aumentou um terço no ano passado no Reino Unido, revelou o jornal Times.

O sistema de ensino britânico impõe que na candidatura de acesso ao ensino superior cada aluno escreva uma carta de motivação onde prove destacar-se dos demais candidatos à desejada vaga.

No ano passado quase 30 mil candidaturas foram anuladas for falharem a despistagem de plágio do Serviço de Admissões de Colégios e Universidades e Colégios (SACU).

O programa usado para despistagem de plágio mostrou que pelo menos 10 por cento dos textos submetidos à análise era idêntico a outros candidatos ou a exemplos online de cartas de motivação.

Em cada caso as universidades e colégios informaram os plagiados para que estes tomassem as medidas necessárias.

Centenas de declarações “pessoais” foram partilhadas com parágrafos de abertura idênticas. Curiosamente, entre as citações não referenciadas mais usadas entre os estudantes contam-se as de autoria de Coco Chanel sobre a importância da moda.  

“As declarações pessoais na carta de motivação são uma das componentes mais importantes do processo de candidatura online”, referiu um responsável da SACU, citado pelo Times. “Dá aos candidatos a oportunidade de expressarem as suas opiniões, pelo que deve ser um texto individual e pessoal.”

Foi em 2007, que a SACU usou primeira vez que a SACU usou um programa de detecção de cópias, o Copycath nas cartas de motivação dos candidatos aos cursos de Medicina geral, Medicina Dentária e Veterinária das Universidades de Oxford e Cambridge.

Nessa altura, foi identificado plágio em 5 por cento das declarações, muitas delas provenientes dos mesmos sites gratuitos na Internet, recorda o Times.

Em 234 candidaturas ao estudo da Medicina, os candidatos escreveram que a vocação para a área surgiu do facto de terem incendiado o seu pijama aos 8 anos.

No ano seguinte, quando o uso do programa foi alargado a todas as candidaturas, a percentagem de declarações copiadas baixou para os 3 por cento. Continuou a descer para 2.8 por cento em 2009, mas subiu para os 3.85 por cento em 2010.

 

 


  
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