E que nas asas das nuvens e entre o sopro dos sonhos As temíveis espadas com bramidos medonhos Se incendeiem de estrelas pousando carinhos Como as asas e os sonhos pelas manhãs dos caminhos
E os oiros, e as jóias e o deslumbre das sedas Reluzam nas fontes bordando as veredas Num manto singelo a que o canto das aves Empresta as riquezas entre brumas suaves
E que soprem os sonhos e se faça manhã Acordem as aves com sedas nas asas E das nuvens se oculte a ira celeste
Levadas as brumas e com elas os medos Nascida a fortuna sobre a toalha das mesas E no regaço do dia os prometidos segredos
Luís Miguel Brandão Vendeirinho
|