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Inquérito do Mês

O que representa a praxe académica?
Concorda ou discorda com a sua prática?


Marta Barbosa, 21 anos, estudante de medicina

A praxe significa, no fundo, integrar-mo-nos no meio académico, e embora acabe por ser, de certa maneira, obrigatória, no meu curso ela é muito construtiva e amigável... pelo não nos pintam a cara nem nos põe a "quatro". Os "doutores" - os alunos mais velhos - têm preocupação de que a praxe seja um motivo de convívio e que sirva para criar laços de amizade entre os colegas mais novos e mais velhos.


Alfredo Rui, 18 anos, estudante de geologia

Sou a favor da praxe porque considero que ela ajuda a reforçar o sentimento de união entre os estudantes e a desenvolver o conhecimento mútuo. Por vezes há comportamentos mais agressivos, mas na minha escola não houve qualquer abuso ou comportamento intolerável.


Maria Cristina Pinto, 44 anos, Técnica Oficial de Contas

Não concordo com a praxe, porque para além daquele carácter de convívio estudantil que transparece - e que é de manter - considero existir muita violência associada a ela. Algumas pessoas aproveitam-se desse ritual para exercerem violência sobre outras, o que é criticável. O intercâmbio de convívio e de camaradagem que era suposto existir acaba por ter um efeito perverso. Não faço a mínima ideia porque será assim, já que na altura em que tirei o curso não existia essa violência.


Bruno Novo, 21 anos, estudante de ciências

Fui submetido à praxe de livre vontade. Mesmo antes de entrar para a faculdade sempre quis passar por essa experiência, que é uma fase espectacular da nossa vida. Divertimo-nos bastante e acabamos por criar laços de amizade mais fortes com os colegas. Claro que existe uma prática de praxe que não é tão salutar quanto esta, e, isso sim, é de condenar.


Miguel Pereira, 18 anos, estudante de geologia

Eu gosto. É do conhecimento comum que alguns estudantes mais velhos abusam da praxe, mas penso que cada um deve saber até que ponto considera admissível o que lhe estão a fazer. Qualquer pessoa pode revelar-se contra a praxe e fazer valer as suas ideias. Ninguém é obrigado a participar contra a sua vontade.


Maria Aurora Pinto, 43 anos, Doméstica

Acho que é bonito. É natural que a mocidade goste de conviver e pregar umas partidas... desde que não dê para o torto, acho salutar. Afinal, é tudo na brincadeira, não fazem nada de mal.


  
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Edição:

N.º 96
Ano 9, Novembro 2000

Autoria:

Redacção

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