Marrocos Abre-se para a Educação
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(AFP) O governo marroquino decidiu aumentar o orçamento para a educação em 5% anuais ao longo da próxima década, declarou o primeiro-ministro Abdarrahman Youssoufi, que apresentou recentemente aos deputados legislação relativa à reforma do ensino, que deverá entrar em vigor no Outono deste ano, referindo, igualmente, que o actual orçamento para a educação representa cerca de 25% do orçamento geral do Estado. O governo marroquino, disse ainda o primeiro-ministro, compromete-se a generalizar a frequência do ensino primário até ao ano 2004, dando prioridade ao financiamento educativo em meio rural. O Estado vai igualmente pôr em marcha um sistema fiscal que encorage o sector privado a investir na educação, elevando a sua taxa de participação dos actuais 3% para 20%, referiu. A legislação ficará completa com a apresentação de outras propostas relativas à luta contra o analfabetismo e o ensino informal. O projecto de reforma submetido recentemente à Câmara dos Representantes e à Câmara dos Conselheiros (Senado) poderá ser revisto, estando, no entanto, previsto o uso da língua amazigha - berbere - e de outros dialectos locais, para facilitar a aprendizagem da língua oficial - o árabe -, bem como a criação de centros de pesquisa sobre a língua e a cultura berberes. Estas medidas respondem a uma reivindicação de diversas associações berbere marroquinas, que apelam regularmente à valorização do amazigha e a sua introdução no ensino. A história local de cada região poderá agora ser ensinada tanto em árabe como em amazigha, já que os programas unificados na escola primária representarão 70% do horário lectivo, sendo que 30% será deixada à consideração das autoridades locais e regionais. Todos os direitos de reprodução e de representação reservados. @ 1999 Agence Françe-Presse sobre @ da Agence France-Presse
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Edição:
Ano 9, Março 2000
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Autoria:
Agence France-Presse
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