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Morte e Vida Jovens

Morrer de forma violenta é o trágico destino para 80 por cento dos jovens colombianos com idades entre os 14 e os 26 anos, constituindo um dos grandes combates políticos a travar pelas autoridades de Bogotá.
A revelação e a preocupação foram expressas pelo vice-ministro da Juventude da Colômbia, por ocasião da IX Conferência Iberoamericana de Ministros da Juventude, que decorreu em Lisboa. Aquele responsável traçou o 'quadro negro' da violência que se verifica no seu país, identificando-a com a delinquência organizada, o tráfico de armas e o narcotráfico, mas também com a situação de extrema pobreza em que muitos jovens vivem: 'É notória a sua inconformidade e a carência de oportunidades, pela pobreza em que vivem. Assim, as armas convertem-se num símbolo de poder que permite estar em igualdade de condições e os tornam visíveis perante os adultos', explicou o vice-ministro colombiano.
Iuri Cillan aludiu, por outro lado, ao fenómeno do tráfico de drogas, considerando-o 'comum a todas os países da América Latina' e para o qual os jovens são presa fácil, dados o seu espírito aventureiro e a sua condição vulnerável.
Opinião liminarmente rejeitada pelo primeiro-secretário da União dos Jovens Comunistas de Cuba, afirmando que os seus compatriotas 'construíram o seu próprio destino, livres de todos os males que afectam muitos jovens, como o desemprego generalizado, as drogas, a insalubridade ou a marginalização'. Considerando a situação da juventude cubana como uma conquista da revolução castrista, Ottero Rivero disse que os jovens cubanos têm 'um elevado nível cultural e de instrução', o que se traduz numa forte representação em órgãos políticos e na contribuição para a qualidade dos sistema de saúde e educação. Para o responsável cubano, o mais grave problema da juventude é a 'falta de uma vontade real para arranjar soluções'.


  
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Edição:

N.º 71
Ano 7, Setembro 1998

Autoria:

Redacção

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