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Gap

Pode traduzir-se por "distância", aquilo que separa... A 18ª Conferência Anual "Closing the Gap", decorreu de 17 a 21 de Outubro de 2000, em Minneapolis, Estados Unidos. O que se pretende é aplicar as novas tecnologias ao ensino de pessoas com deficiências de qualquer tipo, resultando disto que as tecnologias desenvolvidas podem ser usadas com qualquer tipo de pessoa.
Diz-se do "Closing the Gap, Inc., ser uma organização "that focuses on computer technology for people with special needs through its bimonthly newspaper, annual international conference and Web site." Vimos cientistas de várias áreas, pessoas como Madaleine Pugliese, que desenvolveu, ao longo de um trabalho de 30 anos, uma nova teoria do desenvolvimento psicológico (integrando as abordagens da linguística chomskiana) e também programas informáticos que permitem quantificar em passos rápidos uma série de questões referentes ao comportamento.
Ficamos admirados com este imenso país, no qual uma indiscutível elite de cientistas se esquecem de quantificar os seus mais de 40 milhões de pobres. É estranho andar por essas cidades americanas aonde é necessário ter carro próprio, sentir a violência que se abate sobre os que trabalham 16 horas por dia, a falta de cultura de gente que está, obviamente, mal preparada para o exercício de qualquer profissão. Quase dá vontade de rir (pelo absurdo), chegar ao hotel e ouvir, num programa de análise política da CNN, que o principal problema dos candidatos presidenciais é "não saberem falar inglês!".
Incrível? Mas não é um programa cómico: são fornecidos exemplos abundantes! É importante ir a conferências como esta: o que se aprende tem um valor inestimável. De resto, ficamos com a sensaÿão de que tanto empresas como universidades, nos EUA, dispõem de meios humanos fantásticos. Fizemos um pequeno "exercício": no hall aonde nos "registámos", havia um mapa do mundo, no qual todos os participantes eram convidados a assinalar o seu país de origem. Um país como o nosso, com uma imensidão de deficientes, está presente com 3 pessoas da UTAD. Há 5 países das Américas, 5 da Asia: índia - uma pessoa de Bombaim, Singapura, Taiwan, Japão e Israel. A Austrália e Nova Zelândia estão bem representadas, mas pertencem à Oceania; da África 3 países: Egipto, Serra Leoa e Libéria. Da Europa 12 países: Irlanda, Grã-Bretanha, Holanda, Bélgica, Suíÿa, Itália, Noruega, Suécia, Finlândia, Portugal e Espanha.
Este "Closing the Gap", foi extraordinário. Por aquilo que nos deu, mas também porque perguntamos aonde estavam todos os países do leste europeu? Aonde estava a China? E o Brasil? A tecnologia é fundamental, mas é cara. Os 12 países europeus presentes, dizem quase tudo. O resto está implícito: consulte-se a lista dos que foram. Estaremos a encurtar ou a aumentar distâncias? Será isto o "Closing" ou o "Widening the Gap"?

Carlos Alberto Mota e Maria Gabriel Cruz,
Vila Real, UTAD


  
Ficha do Artigo
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Edição:

e
Ano 9, Dezembro 2000

Autoria:

Carlos Alberto Mota
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real
Maria Gabriel Cruz
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real
Carlos Alberto Mota
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real
Maria Gabriel Cruz
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real

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