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Ensinando ângulos de uma maneira diferente

No decorrer da história da aprendizagem de matemática nas séries do ensino fundamental, grandes dificuldades foram evidenciadas, mas a busca de novas metodologias capazes de construir o pensamento matemático com as crianças se fez e faz ferramenta de grande relevância. Dentre os blocos de matérias apresentadas no decorrer do ensino fundamental, as crianças se deparam com conteúdos que passam despercebidos, justamente pelo fato da crença de que nunca o irão utilizar no transcorrer de suas vidas.
O ensino e apresentação de ângulo a esses mesmos alunos constituem-se dessa forma errônea de pensamento. Aos mesmos o ângulo se constitui segundo Ribeiro (2007) como: "O clássico desenho de duas semi-retas unidas por um arco". Os ângulos estão presentes na direção que se dá a cada passo, nos ponteiros do relógio, e em outras diversas situações cotidianas. Dessa maneira, o professor de matemática poderia utilizar de dinâmicas na sala de aula como, a disposição dos alunos em círculo, colocando um aluno ao centro, este formaria com cada um de seus colegas ângulos diferentes, como o de 90º, o de 180° e assim por diante.
Outra atividade similar seria colocar uma venda nos olhos de um aluno com o objetivo de encontrar um determinado objeto, aos colegas de classe seria passada a tarefa de ajudá-lo por meio de dicas, porém ao invés de informar a direção esquerda e direita, informariam apenas a quantidade de passos e a direção em graus, como, dez passos na direção 90º em sentido horário, dois passos na direção 270° em sentido horário. Diante disso Monteiro (2004) conceitua: "Quando o adolescente entende que a medida do giro que faz para um lado para o outro é o grau, o conteúdo faz sentido". Mediante as explanações, entende-se que esse processo de aprendizagem auxilia não só no ensino de ângulo, mas também na descaracterização de um assunto de difícil compreensão, além de contribuir com a interação dos alunos aos seus colegas e professores, como ainda o desenvolvimento da noção de espaço, tempo e lugar.

Referências Bibliográficas

  • RIBEIRO, Raquel. Um tesouro nos caminhos da geometria. Revista Nova Escola, ano XIX Edição 176-2004.

Bibliografia

  • A.D. Aleksandrov, A. N. Kolmogorov, M.A Laurentiev. A história da matemática na formação do professor de matemática. Cadernos Cedes nº. 40, 1996.

André Trindade Meira


  
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Edição:

N.º 178
Ano 17, Maio 2008

Autoria:

André Trindade Meira
Faculdade de Ciências e Filosofia de Presidente Venceslau, Brasil
André Trindade Meira
Faculdade de Ciências e Filosofia de Presidente Venceslau, Brasil

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