Aumenta o número de refugiados no mundo
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De acordo com um relatório publicado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de deslocados no mundo aumentou pela primeira vez nos últimos cinco anos ? um crescimento de 14 por cento por relação a 2005, ou seja, mais 1,2 milhões de pessoas ?, número para o qual contribuiu decisivamente o recrudescimento da guerra no Iraque. Ao longo de 2006, centenas de milhar de pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas no interior do próprio país, sobretudo na Colômbia, Iraque, Líbano, Sri Lanka, Timor Leste e Sudão, diz o ACNUR no relatório "Tendências mundiais em 2006", referindo que o número de deslocados internos auxiliados pelo organismo duplicou relativamente a 2005, contabilizando um total de 13 milhões de pessoas. A Colômbia aparece no topo dos países com maior número de deslocados internos, com cerca de três milhões de pessoas, obrigadas a deixar as suas regiões de origem por causa dos conflitos armados. O Iraque segue-se na lista, com cerca de um milhão e meio de pessoas a encontrarem refúgio em países como a Síria e a Jordânia. Paralelamente, a organização registou uma queda no número de refugiados na África oriental (menos 31 por cento) e na África austral (menos 18 por cento) em virtude das repatriações voluntárias em países como a Libéria, Angola e República Democrática do Congo, bem como de uma percentagem significativa de exilados oriundos do Burundi. Os palestinianos constituem o maior grupo de refugiados no mundo, com 4,3 milhões de pessoas, seguidos dos afegãos (2,1 milhões), dos iraquianos (1,5 milhões), dos sudaneses (686 mil), dos somalis (460 mil) e dos habitantes oriundos da República Democrática do Congo e do Burundi (cerca de 400 mil cada um). No total, o número de refugiados no mundo ascende a cerca de 14 milhões. O Paquistão é o país que acolhe um maior número de deslocados (2,1 milhões), seguido do Irão. Em conjunto, os dois Estados recebem cerca de 20 por cento do total de refugiados no mundo. Os Estados Unidos aparecem em terceiro lugar, à frente da Síria e da Jordânia, países que figuram pela primeira vez na lista de acolhimento, em resultado dos cerca de meio milhão de iraquianos que ali encontraram asilo desde a queda de Saddam Hussein em 2003. O ano de 2006 registou igualmente o regresso de 734 mil refugiados aos seus países de origem, número que, à excepção de 2001, é o mais baixo em 15 anos.
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Ficha do Artigo
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Edição:
Ano 16, Julho 2007
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Autoria:
Agence France-Presse
Agence France-Presse
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