ARREPENDIMENTO
Os cidadãos norte-americanos mostram-se cada vez mais inquietos com a política externa conduzida pelos Estados Unidos e pouco inclinados à resolução de conflitos internacionais pela via militar, revela uma sondagem realizada pelo grupo de reflexão Public Agenda e pela revista Foreign Affairs, com a maioria a defender uma retirada do Iraque. De acordo com a sondagem, 84 por cento dos inquiridos considera-se preocupado com as consequências da intervenção dos Estados Unidos nos assuntos internacionais e 82 por cento estima que o mundo está mais perigoso para os Estados Unidos e para os seus cidadãos. Três em cada quatro pensam também que o seu país não está a representar bem o seu papel de líder mundial no sentido de criar um mundo mais próspero e pacífico. Apenas 8 por cento diz-se favorável a uma intervenção militar no Irão. Além disso, 59 por cento considera que o seu governo não diz a verdade sobre a política externa (um número que aumentou 10 pontos desde Setembro de 2006) e o índice de "ansiedade", que mede a inquietude dos norte-americanos sobre a política externa levada a cabo pelo governo, é de 137 ? para um valor médio de 100 -, tendo aumentado sete pontos no mesmo período. "Este índice aproxima-se gradualmente dos 150 pontos, a zona vermelha que, na minha opinião, assinala uma total crise de confiança do público", diz Daniel Yankelovich, presidente da Public Agenda.
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