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Câmaras de vigilância vigiam salas de aula em escola inglesa

Uma escola primária inglesa decidiu instalar câmaras de vigilância nas salas de aula como forma de prevenir a indisciplina entre os alunos e como ferramenta pedagógica para os professores. ?Somos a única escola na Grã-Bretanha a dispor deste tipo de equipamento no interior das salas de aula, mas pensamos que ele é de grande utilidade e que deveria ser adoptado por outros estabelecimentos de ensino?, afirma Peter Steele, director da escola primária Princeville, em Bradford, onde 90 por cento das crianças são originárias do sub-continente indiano e apenas 6 por cento dos 430 alunos tem o Inglês como primeira língua.
?As primeiras câmaras foram instaladas em 1999 porque se pretendia dissuadir potenciais pedófilos de entrarem na escola, criando um ambiente de maior segurança? explica este responsável, lembrando que em 2002 duas raparigas de dez anos foram assassinadas pelo vigilante da escola que frequentavam.  
Actualmente, os registos de vídeo são utilizados para prevenir a indisciplina dos alunos e como ferramenta pedagógica. Assim, tornou-se habitual professores e alunos sentarem-se em conjunto para visualizar as filmagens e discutirem os comportamentos na sala de aula, dando cumprimento a uma medida governamental que prevê a organização, uma vez por mês, de uma semana de informação e de debate sobre a indisciplina escolar.
?Muitas vezes as crianças não se dão conta que o seu comportamento pode afectar o rendimento da turma e isto ajuda-os a mudar de atitude?, refere Steele, explicando que esta medida ajuda igualmente os responsáveis da escola na relação com os pais. É que estes, muitas vezes, ?não acreditam que os filhos tenham mau comportamento?, explica Steele, garantindo que foram os próprios encarregados de educação a darem o seu consentimento à utilização das câmaras de vigilância.
Os professores podem também visualizar os registos para ver de que forma os alunos reagem aos seus métodos de ensino, não podendo estas, no entanto, serem utilizados pela direcção da escola ou pelos inspectores na avaliação dos professores.


  
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Edição:

N.º 152
Ano 15, Janeiro 2006

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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