Página  >  Edições  >  N.º 151  >  Estudantes Europeus procuram cada vez mais as Universidades Checas

Estudantes Europeus procuram cada vez mais as Universidades Checas

Alguns vêm da Grécia para seguir o curso de música da Academia de Praga, outros de Portugal para estudar medicina, todos eles atraídos pelo nível dos estudos universitários e pelo baixo custo de vida na República Checa.
Com o processo de alargamento europeu, que permitiu simplificar os procedimentos administrativos, são cada vez em maior número os estudantes estrangeiros que optam pelo ensino superior deste país. Se em 2001 eram 9300, no ano passado ultrapassavam já os 18 mil, proporção que já havia dobrado entre 1998 e 2003 (1,9% para 4,3%), representando a maior taxa de crescimento no contexto das universidades europeias.
?Os estudantes comparam antes de tudo a qualidade do ensino e o custo de vida? Aqui, como em qualquer outro lugar, vivemos um processo de mundialização. Antigamente era difícil conseguir informações, hoje basta ?googlar? (utilizar o google)?, argumenta Otomar Kitnar, vice-reitor da faculdade de medicina da Universidade Charles, em Praga, admitindo, porém, que o charme da cidade e a sua reputação festiva também ajudam.
Uma das principais vantagens é o facto de a escolha das formações não estar restringida à língua, já que numerosas universidades criaram cursos em inglês. Na Universidade Charles, que reivindica o estatuto de uma das mais antigas da Europa, o curso de medicina em inglês conhece um sucesso florescente: depois da sua criação, em 1993, passou de 17 para 120 inscritos, representando entre 15 por cento a 20 por cento do orçamento da instituição.
?No meu ano, existem alunos de pelo menos dez nacionalidades, entre canadianos, suecos, paquistaneses, búlgaros??, conta Alex, um jovem grego de 24 anos. Outros ainda vêm da Grã-Bretanha ? onde é reconhecido o diploma checo ? e da Alemanha - que recentemente assinou um acordo através do qual é possível iniciar o curso na República Checa e terminá-lo naquele país. Sem esquecer os portugueses: ?são cada vez mais os portugueses que vêm aqui fazer medicina por causa da falta de lugares nas universidades?, refere o consulado português.
Para aqueles que não querem pagar cerca de nove mil euros anuais, resta-lhes aprender a língua checa e frequentar o ensino superior público, praticamente gratuito.


  
Ficha do Artigo
Imprimir Abrir como PDF

Edição:

N.º 151
Ano 14, Dezembro 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

Partilhar nas redes sociais:

|


Publicidade


Voltar ao Topo