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Venda de drogas ilícitas pela internet está a aumentar

CAMINHOS DA DROGA

A internet está a tornar-se um importante instrumento para o tráfico internacional de drogas e medicamentos perigosos, adverte a Organização Internacional de Fiscalização de Estupefacientes (OIFE). Esta entidade, ligada à ONU, pede aos governos que tomem medidas enérgicas contra as farmácias que operam sem licença na rede, vendendo estupefacientes e substâncias psicotrópicas sem receita, e propõe um acordo internacional para evitar a proliferação deste fenómeno.
O relatório publicado pela OIFE assegura que este tipo de produtos implica riscos potencialmente mortais para a saúde dos utilizadores já que incluem substâncias como certos opióides (a oxicodona, por exemplo), estimulantes (anfetaminas) e benzodiazepinas (como o alprazolam e o diazepam). Na lista de produtos consumidos de forma maciça estão outras substâncias que implicam possíveis riscos mortais quando consumidos sem supervisão médica adequada, como o fentanil e o secobarbital.
A venda ilícita pela internet e o contrabando de produtos farmacêuticos que contêm entorpecentes e substâncias psicotrópicas pelo correio aumentaram muito no ano passado e constituem actualmente a maioria das vendas destas farmácias que operam ilicitamente pela internet. Estes riscos agravam-se quando os produtos farmacêuticos são de qualidade duvidosa e, em alguns casos, falsificados. De acordo com a OIFE, o crescimento do abuso ou uso indevido de medicamentos sem receita médica, principalmente na América do Norte, está a tornar-se um ?fenómeno preocupante?.
"A única forma de acabar com esta actividade ilícita é promover uma estreita cooperação internacional e, sobretudo, cativar a vontade política de todos os governos para dar importância a este assunto", afirma o presidente da OIFE, Hamid Ghodse. Outros, em alternativa, defendem a legalização da droga e a sua venda controlada pelo Estado, a preços baixos, dando assim cabo deste negócio criminoso e clandestino.


  
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Edição:

N.º 144
Ano 14, Abril 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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