Processo de Bolonha e formação de professores:
A Página encerra nesta edição um dossier subordinado às implicações do Processo de Bolonha na formação de professores em Portugal, iniciado no número anterior. A análise do tema terá continuidade através da publicação de um livro ? «A Declaração de Bolonha e a Formação de Educadores e Professores» ? a editar até meados de Fevereiro pela nossa editora Profedições. Partindo da análise dos contributos até agora recolhidos, fica-se com a impressão de que, apesar de estarem definidas as grandes linhas de orientação para esta área, ficam algumas dúvidas relativamente àquele que será o modelo de financiamento e de avaliação das instituições de formação. Para já, o único aspecto que parece estar definido é que, no futuro, os professores e educadores portugueses terão uma matriz comum de formação, dividida em dois ciclos de formação, com a possibilidade de uma pós-graduação. Por discutir, fica aquele que será, porventura, o principal tema: as necessidades do perfil de formação dos professores. O debate público iniciou-se em Dezembro e prolonga-se até ao final deste mês. É previsivel que com as alterações que possivelmente ocorrerão no governo o tema volte a debate após o próximo acto eleitoral. Nas páginas seguintes o leitor terá oportunidade de ler uma entrevista ao autor do parecer pedido pelo Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior (MCIES), João Pedro da Ponte, que nos explica as opções tomadas pelo seu grupo de trabalho; bem como três artigos de opinião assinados por Manuela Esteves, da Universidade de Lisboa e do Secretariado Nacional da FENPROF, Rui Vieira de Castro, do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho (IEC-UM), e João Formosinho, António Sousa Fernandes e Fernando Ilídio Ferreira, também eles do IEC-UM.
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