ENSINO
Milhares de professores, cientistas, médicos e funcionários da cultura participaram, em Outubro, numa greve geral de um dia em toda a Rússia para pedir ao governo de Vladimir Putin um aumento dos "salários miseráveis" que auferem os funcionários públicos daquele país. "Putin, acabe com os terroristas e não com a ciência russa" e "Vergonha para o Estado que destrói a cultura" foram algumas das mensagens escritas em cartazes levados pelos manifestantes, reunidos sob a chuva de Moscovo, perto da sede do governo. "O meu salário de três mil rublos (100 euros) dá-me apenas para sobreviver, quando tenho 30 anos de serviço e as paredes do meu apartamento cobertas com diplomas honorários", queixava-se Liudmila Pirogova, uma mulher de 50 anos que trabalha no Museu de Artes Decorativas da capital russa. Sob a pressão dos manifestantes, o vice-primeiro ministro russo Alexandre Jukov garantiu que o governo prevê um aumento de 20% dos salários do sector público no início do próximo ano, um anúncio que não convenceu os manifestantes. O protesto reuniu cerca de duas mil pessoas em Moscovo e outras milhares participaram em manifestações em várias regiões do país. Na Rússia, o salário médio dos professores é de cem euros, enquanto que o salário médio no país ronda os 240 euros.
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