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Mamute de carne e osso descoberto na Sibéria

PRÉ-HISTÓRIA

Os restos de um mamute de mais de 18.000 anos de idade, que compreende principalmente a cabeça bem preservada e uma pata quase intacta, foram localizados em setembro passado na Sibéria por uma expedição franco-russa.
Este mamute foi descoberto em Novembro 2002 por um caçador russo de renas da região de Yukagir, Vassili Gorojov, após ser alertado pelos seus filhos que tinham visto uma presa que emergia da orla de um rio. Após retirá-la, o caçador descobriu a segunda presa, e depois o crânio do qual saiam os dentes.
Gorojov decidiu em seguida vender o seu precioso trofeu na cidade de Yakutsk.
A notícia chegou a Bernard Buigues, que organiza expedições polares, através da sua empresa Cerpolex, além de realizar buscas dessas criaturas pré-históricas para colocá-las à disposição da ciência.
Buigues, criou um comité científico, Mammuthus, dirigido pelo professor Coppens, conhecido pelos seus trabalhos sobre os ancestrais do homem e especialista em mamutes.
"Quando vi a cabeça, fiquei estupefacto", conta Buigues, que viajou até Yakutsk, acrescentando que "nem na literatura ou nos museus, tinha visto um fóssil tão bem conservado".
Desde o início do século XIX, só meia dúzia de mamutes "em carne e osso" foram encontrados.
O cientista francês organizou uma expedição para recuperar o resto do animal, que recebeu o nome da região onde foi descoberto, Yukagir.
Os homens retiraram uma omoplata, uma parte da coluna vertebral, várias costelas, uma pata coberta por pele e cabelos, uma parte do estômago, do intestino e da pele, mas com a chegada do Inverno (hemisfério norte) o trabalho foi suspenso, sendo retomado durante o próximo Verão (boreal).
Dick Mol, coordenador científico do Mammuthus, destaca que esta é uma "descoberta excepcional graças à variedade de material conservado, principalmente pela presença de tutano nos seus ossos.
O exame do fóssil revelou que se trata de um macho de 40 anos, morto há 18.560 anos.
Após uma descoberta deste tipo, muitas pessoas perguntam sobre a possibilidade de ser reviver um dia os mamutes através de clonagem ou por fecundação artificial de uma elefanta com esperma do paquiderme pré-histórico.


  
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Edição:

N.º 135
Ano 13, Junho 2004

Autoria:

Redacção

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