Um painel de destacados especialistas políticos e educadores norte-americanos lamenta "a ignorância dos Estados Unidos sobre o mundo", argumentando que a resistência dos americanos em aprender mais sobre povos e culturas estrangeiras constitui uma ameaça para a própria segurança nacional. "Acreditamos convictamente que os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 constituíram uma séria advertência de que a ignorância dos Estados Unidos sobre o mundo é agora um risco nacional", refere aquele grupo, encabeçado pelo ex-secretário de Estado da Educação Richard Riley e pelo ex-senador Paul Simon. O painel de comentadores sublinha que a brecha que separa os americanos do resto do mundo tornou-se particularmente evidente naquele trágico dia, quando a maioria se viu forçada a questionar-se porque razão se deu e de quem partiria o devastador ataque. "A resposta é que os americanos são muito ignorantes sobre o Médio Oriente e sofrem de uma falta de conhecimento geral sobre o mundo", dizem aqueles especialistas, que censuram também alguns americanos por terem tornado motivo de orgulho nacional o facto de falarem apenas inglês, em vez de o considerarem "uma vergonha". "Não podemos continuar a ser prósperos e seguros se não entendermos as palavras e acções dos nossos vizinhos internacionais", concluíram.
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