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Um parque para uma cidade mais educativa e mais ecológica

O PARQUE DA CIDADE FOI CENTRO DE PREOCUPAÇÃO DOS CIDADÃOS DO PORTO. ESTEVE INTIMAMENTE LIGADO À PROBLEMÁTICA DAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS E FOI MOTIVO DE MOBILIZAÇÃO DOS PORTUENSES FACE À AMEAÇA DE ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA.

A experiência pedagógica da cadeira de Ecologia Urbana, do ano lectivo de 2002/2003, centrou-se mais uma vez sobre uma problemática em torno do espaço público da cidade do Porto. Relembro alguns temas aqui referenciados no Jornal A Página, em anos anteriores: alternativa para um pólo universitário, transformação do Porto numa Ecopolis, proposta de ecodesenvolvimento para a a região do Porto, energias renováveis e participação dos cidadãos, etc...

  1. O alvo:
    O estudo deste ano foi o parque da cidade. Porquê? O Parque da cidade foi centro de preocupação dos cidadãos do Porto. Esteve intimamente ligado à problemática das eleições autárquicas e foi motivo de mobilização dos portuenses face à ameaça de especulação imobiliária.
  2. O objectivo:
    O parque da cidade foi uma bandeira defensiva com que os cidadãos quiseram resistir face à privatização crescente dos espaços públicos. Os alunos da cadeira de ecologia urbana tiveram como tarefa desenvolver uma proposta estratégica que fizesse daquele lugar de defesa da cidadania um lugar ainda mais aprazível e emblemático das preocupações dos cidadãos, pela qualidade dos espaços públicos, pela expressão ecológica de cidade. Assim, do carácter defensivo passou-se ao prospectivo: uma alternativa para que a consciência ecológica  e participativa expressasse uma nova filosofia urbana ? a cidade educativa e ecológica.
  3. A metodologia:
    Os alunos fizeram um levantamento do parque da cidade e do contexto envolvente. Em seguida foram estudadas várias experiências existentes de parques e lugares urbanos de qualidade ecológica em vários países. Foram consultados especialistas em lagunagem, sistemas de energias renováveis, processos de reciclagem e sobretudo deu-se grande importância às experiências pedagógicas de informação e formação ecológica dos cidadãos. Assim, nasceram várias alternativas estratégicas para um parque da cidade. Um parque com hortas biológicas, com jardins de plantas aromáticas e medicinais, com sistemas de lagunagem ecológica de purificação de águas, com processos de revitalização de cursos de água que tinham sido subterrados e um centro de animação e educação ambiental com realização de protótipos de energia renovável, etc.
    O final do ano foi particularmente gratificante pela presença do vereador da Câmara Municipal do Porto, do pelouro do ambiente, Engº Rui Sá, que soube apreciar com interesse e entusiasmo esta experiência pedagógica com o objectivo de servir uma causa pública.

  
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Edição:

N.º 127
Ano 12, Outubro 2003

Autoria:

Jacinto Rodrigues
Fac. de Arquitectura da Univ. do Porto
Jacinto Rodrigues
Fac. de Arquitectura da Univ. do Porto

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