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Comunidade de países de língua portuguesa

O Jornal de Notícias publicou em 16 Novembro de 2002 um anúncio de 19 de Novembro de 1902. Não tinha algo de novo em relação ao que já entendi; ou seja, o português usava uma grafia muito diferente da de hoje.
"(...) São já hoje conhecidos os effeitos curativos da Badiana Phosphatada (...)  é tambem um excellente tonico (...) do mesmo auctor (...) cautella com as imitações. Reducção no preço ás classes pobres".
Ao ler cartas de Abel Salazar para António Sérgio, posteriores a este anúncio, aí se falava em "onibus", por exemplo. Há muitas formas de aumentar o poder (no bom sentido) de um País. Portugal, membro da OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, membro da União Europeia, descobriu, espantado que temos amigos que podem ter interesses diferentes dos nossos, apesar de muito "amigos"; foi o caso recente do navio "Prestige" que os nossos amigos e parceiros de Espanha, não enviaram para as nossas águas, porque estava lá (na fronteira marítima) uma fragata portuguesa. O Poder projecta-se também pela diplomacia, ou pela cultura (aspectos nunca descurados pelos Estados Unidos, por exemplo).
É por isso ridículo, para não dizer outras coisas, que ainda hoje não se celebre um acordo ortográfico com o Brasil, nem se caminhe para a cidadania da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Preferimos imigrantes que nada têm a ver com a nossa cultura aos outros; e, no entanto, precisamos de imigrantes. Faremos algum acordo ortográfico com a Moldávia?


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 119
Ano 12, Janeiro 2003

Autoria:

Carlos Alberto Mota
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real
Carlos Alberto Mota
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real

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