Representações simbólicas da realidade.
Diz-se que um símbolo é a representação
de uma realidade na sua ausência.
Assim, um círculo com uns traços, ou um conjunto de letras, "s+o+l",
por exemplo, são símbolos da estrela a que chamamos "Sol".
Os seres humanos sempre inventaram símbolos; respeitam muito alguns símbolos.
O Presidente da República é "o símbolo da unidade
do Estado"; a Bandeira, o Hino Nacionais, são símbolos: representam
Portugal em qualquer parte do Planeta. Por isso, mesmo sem estas teorizações,
os emigrantes, por exemplo, têm um forte amor aos símbolos da sua
Pátria. É por isso que quando o Presidente se desloca até
junto de comunidades emigrantes, é recebido com amor, até com
umas lágrimas que não se conseguem conter...
Não há País sem símbolos. Uma representação
nacional, nuns Jogos Olímpicos, numa Embaixada, num campeonato de futebol,
tem, por isso, uma importância que talvez por vezes escape à compreensão
de quem dela faz parte. Executar o Hino Nacional com fífias é
de mau gosto; fazer tristes figuras enquanto diplomata também; usar uma
Bandeira Nacional rota não é correcto.
Aproximamo-nos de mais um exercício dispensável de novo-riquismo
a todos os títulos caricato, num País com tantas carências,
tantos desempregados, jovens sem futuro. Falo do Europeu de Futebol de 2004.
Parece que teremos mesmo que engolir tão "importante" realização.
Cara, já sabemos que vai ser. O que disse antes não é Nacionalismo,
essa ideologia de agressão; pretende ser Patriotismo, a elevação
dos nossos valores, não deixando de respeitar os outros. A Selecção
Nacional de Futebol, é um símbolo de Portugal. Importante seria
que os que a compõem o entendessem; é triste fazer chorar os nossos
emigrantes; é pena desesperar os povos amigos que "por nós"
- por Portugal - "torcem"; não o fazem por indivíduos,
que por si mesmos não são símbolo de coisa alguma.
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