1 - A contratação de educadores e professores deve passar a ser feita pelas
autarquias locais?
Não
A contratação não deve ser feita nem pelo poder central nem pelas autarquias. A
contratação de professores deve ser feita directamente pelas escolas mediante
concurso. Esta é a melhor maneira de as escolas terem os professores que querem
e de estes se fixarem nos lugares.
Daniela Correia
Não
Os Educadores e Professores têm direito a ser tratados condignamente através
dos órgãos e ministérios que envolvem a Educação.
Não se devem misturar as águas de vários rios. Há que dignificar a profissão.
Um médico ou um advogado também não é tutelado por uma Câmara...E os
compadrios???E os concursos?? As Câmaras devem ocupar-se dos edifícios, das
estruturas e deixar os docentes com o seu Ministério.
Margarida
Autarquias e educação
As autarquias não devem preocupar-se com as questões de contratação dos
professores. Devem sim, com urgência, preocupar-se com a educação informal que
deve existir em todas as comunidades saudáveis. As Câmaras devem abrir e gerir
ginásios, piscinas, escolas de música, museus, teatros, cinemas, locais onde os
jovens, em função das idades, possam viver e educar-se civicamente. As Câmaras
devem contratar dinamizadores e animadores culturais. Devem construir edifícios
com fins sociais. Devem organizar o espaço de forma saudável. Abrir jardins.
Criar ao ar livre campos de bola, de basquete, de volei... fazer com que as
ruas e as praças sejam locais de vida, de convívio entre os jovens e também os
adultos, os mais novos e os mais velhos. As Câmaras devem preocupar-se em
revitalizar as cidades, vilas e aldeias... Tendo tanta coisa para fazer porque
perder tempo a fazer o que não sabem nem devem fazer?
Zé Paulo
Claro que sim !
Neste momento vivemos numa situação insustentável, em que os professores
continuam infinitamente com a mochila às costas, deixando para trás a família e
tudo aquilo que mais se identifica com a sua personalidade.
Há que dar poder às autarquias para tentarem fixar as populações que mais
sentem a sua terra e os seus costumes. Os professores têm que concorrer perto
dos locais que conhecem, para se fixarem e construírem de raiz o seu futuro.
Como está, esta situação assemelha-se à incorporação militar.
Obrigado.
Jorge Gouveia
Claro que Não !
As autarquias já têm a Câmara, os bombeiros, as misericórdias e mais umas
quantas associações para "meterem" lá os amigos, sobrinhos, etc. Criar a mesma
situação em relação às escolas seria um desastre.
Atribuir às autarquias a responsabilidade de contratar os professores é correr
o risco de que tais colocações sejam condicionadas por factores de filiação
partidária, amizades pessoais e familiares. Não seria o factor competência mas
o factor cunha a decidir a contratação. Tirem a lição do que acontece nos
jardins de infância autárquicos e o que se passa nas IPSS.
Esperemos que o novo governo não brinque com coisas demasiado sérias.
Rui Moreira
2 - Devem publicar-se anualmente rankings das escolas do tipo as melhores e as
piores?
Ranking das escolas
O ranking anual das escolas, do tipo "as melhores e as piores" pode
não ser a melhor maneira de representar a educação, e até mesmo expor escolas,
alunos e professores capacitados. Para que isso não ocorra os Rankings devem
representar realmente o que eles estão sendo avaliados e ser claro como é
avaliado.
Ricardo Antonio Maria
Avaliar sim... mas
As escolas devem ser avaliadas, mas a finalidade da avaliação não
deve ser estabelecer uma classificação de as melhores e as piores. Os
resultados dependem da matéria prima com que se trabalha e os meios com que se
trabalha. Por isso não há que estabelecer rankings. A avaliação deve permitir a
cada escola perceber com que problemas se debate e que estratégias pode usar
para ultrapassar problemas concretos que tem. Neste sentido a avaliação das
escolas é de diagnóstico e formativa e não classifica.
Pedro dos Santos
Rankings? Discordo
Fazê-lo seria mais injusto do que fazer o Ranking das empresas têxteis. As
empresas pelo menos podem escolher a matéria prima e as máquinas e a mão de
obra com que trabalham. As escolas públicas não podem escolher nada disto.
Depois um aluno não é o mesmo que uma peça de vestuário. O aluno pré-existe ao
trabalho que se faz com ele e a peça de vestuário não.
As escolas têm muitos problemas para resolver. Os rankings são manobras de
diversão. Servem para desviar a atenção dos problemas reais.
Mafalda Gameiro
Melhorar o desempenho
Podem-se escalonar as escolas em função de certos resultados. Isso pode ajudar
a saber quais as que têm mais dificuldades. Pode este escalonamento servir para
decidir em que escolas se deve concentrar o apoio no sentido de melhorar o seu
desempenho.
Maria José
3 - O Estado deve financiar por igual as escolas
públicas e as escolas privadas?
O público e o privado
Entre o público e o privado deve haver uma diferença
verdadeira. O Estado não deve falsear a iniciativa privada custeando este tipo
de ensino. A Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Por isso o Estado
deve custear o ensino público para todos. Um ensino público que responda às
necessidades de desenvolvimento de cada um e que tenha em conta as facilidades
e dificuldades de cada um. O ensino privado é respeitável mas é uma escolha
particular de cada um. Quem o escolhe deve pagá-lo. O Estado subsidia os
transportes públicos. Quem quiser ter um veleiro deve pagá-lo e não esperar que
o Estado lho pague.
João Guerra
Liberdade de escolha
O Estado deve apenas garantir a gratuitidade do ensino
público. A liberdade de escolha, que alguns usam para defender o apoio aos
privados, não se faz entre a possibilidade de escolha entre o público e o
privado (essa é uma decisão privada) mas faz-se permitindo que cada um escolha
a escola pública que quer frequentar. É opressivo não permitir que cada aluno
ou encarregado de educação escolha a escola pública que quer frequentar. A
liberdade de escolha é garantida no espaço público e não na dicotomia público
privado.
Rosa Silveira
NEM PENSAR!
Deve é acabar com as privadas e fazer mais e melhores
públicas...
Rita Pires
Investir no público
A diferença entre o ensino público e o ensino privado
está precisamente na forma de financiamento. Ao Estado compete financiar o
ensino público de modo a que este seja da melhor qualidade. O ensino privado
deve finaciar-se a si próprio. O que o Estado tem de garantir é uma oferta
pública capaz de corresponder às necessidades de cada um dos jovens que
procuram o ensino.
Henrique Braga
Sol na eira e chuva no nabal
Ao governo cabe financiar o que é público. Já é tempo de
em Portugal o sector privado, seja em que ramo for de actividade, não viver à
custa do que é público. Já chega de subsidio - dependência. Fala-se muito da
iniciativa privada mas a verdade é que os privados, para além de não pagarem
impostos, não passam de dependentes do Estado. Passam a vida de mão estendida.
Mas querem ser considerados independentes do Estado. Querem Sol na eira e chuva
no nabal.
Catarina B. Pinto
Escola Pública sempre!
Aqui no Brasil a escola pública vem recebendo alunos da classe média arruinada
e envergonhada...as particulares fecham por inadimplência.
A Associação de Pais e Amigos da Escola Pública da Cidade do Rio de Janeiro,
entidade que presido, acredita que recursos públicos só podem ser destinados à
escola pública.
Eliane Magalhães
4 -As escolas devem ser dirigidas e geridas por:
A - Professores eleitos para o exercício das
funções de direcção e gestão
B - Gestores profissionais recrutados e nomeados pelo governo
C - Gestores profissionais recrutados e nomeados pelas autarquias locais
Professores com limitação de mandatos
A direcção e gestão das escolas deve ser da competência
de professores eleitos pela comunidade escolar. A eleição do conselho
pedagógico deve ser da exclusiva competência dos professores. Na eleição do
conselho executivo devem participar professores, representantes dos pais, dos
alunos e da comunidade (autarquia). Deve haver limitação de mandatos. Como na
presidência da república não deve ser permitida a recandidatura após dois
mandatos consecutivos.
Lisete Trigueiros
Professores com limitação de mandatos
Estou de acordo com a limitação de mandatos. Promove a
rotatividade e como a passagem pelo executivo é enriquecedor isso com o tempo
torna o corpo docente mais conhecedor das realidades. Julgo que o ideal é os
mandatos passarem a ser de quatro anos.
Jorge Ribeiro
Superior e não superior
Se as escolas do ensino básico e secundário tivessem de
ser geridas por gestores profissionais, então por maioria de razões o ensino
superior teria de recorrer a gestores profissionais. Alguém aceita isso? Todos
reconhecem que uma coisa é uma empresa outra uma escola. Ou estou enganado?
Pedro Lemos
Direcção pedagógica
A Direcção e Gestão das escolas deve ser da
responsabilidade de professores. Nessa direcção e gestão existe uma fortíssima
componente pedagógica. A competência pedagógica é dos professores. Se a escola
deixar de ser escola para passar a ser encarada como uma empresa qualquer então
pode ser dirigida por gestores profissionais, mas isso é a completa
descaracterização das escolas e o desvirtuamento das suas finalidades.
Madalena Costa
Mercantilização do Ensino
A educação não é uma mercadoria, os alunos não são
potenciais compradores e os professores nada têm de vendedores. A lógica
mercantil aplicada ao ensino resulta, necessariamente, numa fonte de injustiça,
transformando a Escola num centro de selecção onde os mais ricos e não os mais
aptos, são os escolhidos. Situação que se repercute na sociedade, gerando
equívocos e contradições insanáveis pela insensibilidade dos critérios que
estiveram na sua origem. Do que decorre a iliteracia, a falta de ideias, o
pragmatismo económico, terreno fecundo para o dogma e o obscurantismo. E,
note-se, a igreja católica não se faz rogada, sempre mais próxima dos
detentores do poder e do dinheiro do que aqueles que mais precisam. A
mercantilização da sociedade, e particularmente naquilo que tem de mais valor,
a Educação, resultará num verdadeiro caos cultural e na ausência total de
valores profícuos, democráticos e humanos.
Paulo Gonçalves
Chamem a tropa !
O ministro deve estar seduzido pelas soluções à "STATES"!!!. Assim, para as
escolas mais problemáticas, pode começar a nomear como Directores/reitores
generais e coronéis de infantaria. Fica tudo mais à americana, à moderna. Além
disso ajuda o Paulinho Portas a dar que fazer à tropa.
Para as salas de aula o melhor é contratar um bombeiro por sala e por
professor. De agulheta em punho pode impor a ordem e talvez assim a ganapada se
prepare para os exames que o ministro já mandou vir.
Olga A. Fernandes
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