005. Em cada rosto igualdade
Editorial de Isabel Baptista
006. FÁTIMA VIEIRA
“A utopia é sempre rutura com o presente. Nós costumamos falar em discurso ideológico, que é o discurso dominante, e discurso subversivo, que é o discurso utópico. A utopia tenta sempre transformar e, ao transformar, tenta sempre romper com o presente. E é importante que se mantenha sempre esta ideia de rutura com o presente, porque a partir do momento em que a utopia se transforma em ideologia, deixa de ser utópica. Daí o interesse, até, em que as utopias não sejam verdadeiramente concretizadas, na medida em que sejam constantemente reformuladas. Porque a partir do momento em que a utopia é realizada, torna-se estática. E a utopia é exatamente ao contrário.”
Entrevista conduzida por António Baldaia
016. La institución paralítica
La escuela goza de muy poca autonomía. Los profesionales que trabajan en ella no lo saben hacer, por lo que es necessário mandárselo. Y, además, esos profesionales no lo quieren hacer y hay que obligarles a que lo hagan.
Miguel A. Santos Guerra
018. Escola Pública e Democracia: um caminho pedregoso
Uma escola que define a qualidade do seu ensino por uma visão enciclopédica de um conhecimento cuja utilidade se esgota nos testes serve, afinal, para quê?
Ariana Cosme e Rui Trindade
020. Alguns cortes (in)visíveis na Escola Pública
Em Portugal não há educação a mais. Há, sim, desenvolvimento a menos. A procura do equilíbrio desejável entre estas variáveis exigiria a continuação e o aprofundamento do percurso já feito pela Escola Pública.
Carlos Cardoso
022. Apostar no alargamento dos exames ou no alargamento da escolaridade obrigatória?
O cumprimento da escolaridade obrigatória pode constituir uma efetiva oportunidade de melhoria do sistema educativo e formativo ou ser mais uma oportunidade perdida ou adiada.
Domingos Fernandes
024. O que se ensina quando se avalia?
A criação de exames suplementares pode significar, implicitamente, o reforço e a valorização de uma pedagogia que não parte do aluno nem tem, muitas vezes, a intenção de a ele chegar.
David Rodrigues
026. Ainda as Novas Oportunidades…
Muitos aprenderam muito mais do que se poderia prever e, alguns, candidataram-se e entraram no Ensino Superior.
Teresa Medina
028. Escolas privadas são ‘generosas’ na atribuição de notas
Um teste ao rumor generalizado de que as escolas privadas beneficiam os seus alunos na atribuição de notas confirma a situação e dá-lhe uma expressão quantitativa.
Tiago Neves, Maria João Pereira e Gil Nata
030. A ocupação de Sussex e a privatização de serviços universitários
Como é que num momento de crise económica alimentada pelo fracasso do neoliberalismo a solução é mais neoliberalismo?!
A privatização de serviços não académicos é o novo mantra.
Mario Novelli
032. EM FOCO
TEIP: e vão três… | Matosinhos: Espírito de missão | Guimarães: Prevenir para não ter de remediar | Contributo para uma reflexão
Maria João Leite, Ariana Cosme e Rui Trindade
042. Bernardino Machado y la Institución Libre de Enseñanza
Por la mediación de Giner, el republicano portugués va a conocer y a generar un círculo amplio de contactos com figuras de la pedagogía española.
José M. Hernández Díaz
044. Nesta vertigem de ser professor, “aprende a nadar companheiro!”
Há que estar abertos à mudança, ao diálogo, à experimentação em conjunto, mas também à análise e à crítica construtiva, à avaliação.
José Rafael Tormenta
046. Você sabe fazer raiz quadrada?
Alheias aos trágicos efeitos das suas práticas, as escolas ‘normais’ vão entupindo a memória dos alunos com informações que eles não relacionam com o mundo real.
José Pacheco
048. Bom serviço
Desejou-me “bom serviço”, já eu estava a dar meia volta para sair, e não o mais comum “bom trabalho”. Bom serviço, mas a quem?
Pascal Paulus
050. A professora
A minha professora é o máximo, tio. Não é nada parecida com a do ano passado. É mesmo fixe! Mas agora parece que vai ter de ir embora.
Angelina Carvalho
052. Sorria, meu bem!
Talvez os palhaços tenham o que fazer nas escolas, pois não basta reformular ou criar novos currículos, precisamos trabalhá-los como diferentes práticas-teorias-práticas.
Carina d’ Ávila
053. Empenhai-vos!
Evocação de Stéphane Hessel
054. ROTA DA ESPERANÇA
Portefólio de vários autores
064. Quem falou de re(a)fundação do Estado social?
Num país onde ainda não se dispensam por completo as perspetivas dos cidadãos e cidadãs, resolvi escrever um punhado de lembretes, caso a discussão venha a ser feita.
Fernanda Rodrigues
066. Poderá o “decrescimento” ser uma boa notícia?
A noção de “decrescimento” coloca radicalmente em causa o conceito de “desenvolvimento”, que deixou de ser solução e passou a constituir um problema.
Rui Canário
068. O que vale a vida dos velhos?
Este tema tem raízes muito profundas, mormente no terreno ético, e envolve valores, concepções de vida, de responsabilidade, de reciprocidade, de consciência social, entre muitos outros.
Rosa Hessel Silveira
070. Estrela da manhã: entre a melancolia e a ontologia de um outro quotidiano
Da melancolia ao esboço de bases para um outro modo de existir quotidiano, alternativo às alternativas já consagradas.
Inquietação do pensamento e ação no contratempo.
Ivonaldo Leite
072. Cuando la Educación Social se viste de amarguras
Ya es hora de comenzar a valorar lo que perdemos, en los des-encuentros y en los afectos, en la vida en común y en sus convivências. Digamos no!
José A. Caride Gómez
074. À espera do futuro
Olhando e ouvindo hoje o que dizem e fazem os nossos “pregadores” dos púlpitos da política e das tribunas do poder, não será imperioso questionar onde o passado se termina e o futuro começa?
Leonel Cosme
076. Salazarismo e fascismo(s)
Tem-se discutido, nos últimos tempos, se o salazarismo – ou “regime de Salazar-Caetano”, como disse Rómulo de Carvalho – foi ou não fascismo. Pela classificação tradicional, foi.
Carlos Mota
078. Cristo não teve em conta a grande perícia dos camelos
“Este é um tempo confuso, tão desconcertante e que tanto assusta e magoa de manhã à noite. Fomos enganados… e tudo por culpa de Cristo, da angelical boa-fé de Cristo.”
André Escórcio
080. Impedir o assalto ao bem-estar e à democracia
Esta constitui uma das principais tarefas que temos de concretizar ao longo dos próximos anos, de modo a que os Finantial Times venham a ser, apenas, uma má recordação e não um pesadelo.
Manuel António Silva
084. Os adolescentes e as redes sociais
O facto de os jovens não se sentirem ‘caídos nas redes’ não quer dizer que não tenham receios na sua utilização.
Sara Pereira
086. Literacia mediática
Se os mais novos possuem conhecimento tecnológico, os educadores possuem conhecimento prático.
Rui Tinoco
088. Preparação de alimentos para crianças e jovens
Se ensinassem os alunos a escolher merendas saudáveis e a prepará-las, as escolas estariam a proteger a saúde de crianças e jovens e a contribuir para um menor custo com a saúde.
Débora Cláudio
090. Os grupos sanguíneos de Landsteiner
Desde sempre o Homem manifestou enorme fascínio pelo sangue. No entanto, o primeiro responsável pela interpretação do seu significado foi Karl Landsteiner.
Departamento de Conteúdos Científicos (Visionarium)
092. O terror dos símbolos olímpicos
Os nossos queridos governantes, a fim de mostrarem serviço, continuam a legislar peças antipedagógicas, intimidatórias e da mais profunda inutilidade.
Gustavo Pires
094. Guimarães, Cidade Europeia do Desporto
Depois da cultura, Guimarães é este ano Cidade Europeia do Desporto. É a primeira vez que uma cidade portuguesa recebe este estatuto.
Maria João Leite
096. Cooperativa Árvore: um espaço de liberdade
Em abril de 1963, um grupo de cidadãos que atuavam em várias vertentes da sociedade decidiu criar um ponto de encontro onde todos se pudessem expressar de várias formas e em liberdade.
Reportagem de Maria João Leite e Ana Alvim
100. Cinema americano em força
“Como pensar a maneira de o cinema de hoje trabalhar a relação entre as certezas da injustiça, as incertezas da justiça e os cálculos da justeza?”
Paulo Teixeira de Sousa
101. As leituras são como as cerejas
Tentei estabelecer diferenças e afinidades entre três livros, todos datados. Nos três se procura saber como nos posicionamos – nós, portugueses – enquanto hóspedes mais ou menos tolerados “sob céus estranhos”.
Júlio Conrado
102. A minha terra
Para mim, que sou um pobre de deus que fica meses a fio a ansiar pelas primeiras chuvas, o triângulo Viana do Castelo, Ponte de Lima, Valença é inigualável.
Salvato Teles de Menezes
104. Toques de sinos na Terra de Miranda
Produzindo determinados sons, com diferentes usos e funções, os sinos são indissociáveis dos ciclos vitais, não raro assumindo funções rituais e usos mágicos.
Mário Correia
REPÚBLICA DOS LEITORES
108. A propósito de Ravi Shankar
Franklin Pereira
110. O verdadeiro combate
Orfeu Bertolami
Ilustração tipográfica de Adriano Rangel, a partir de tipos móveis, em madeira e chumbo.
Obra original, expressamente criada em março de 2013, para assinalar a edição 200 d’A Página da Educação.
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