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A importância das brincadeiras na vida familiar

As brincadeiras como: queimada, cabra-cega, barra-manteiga, betis, amarelinha, pular corda, corrida, esconde-esconde, pique, entre tantas outras, fazem parte da lembrança de muitas pessoas, mas infelizmente, não constam no repertório infantil de hoje. Ultimamente as crianças estão brincando menos e porque isso acontece?
Vários são os motivos que levam a esta situação, entre eles destaque para: a preparação muito cedo das crianças para o mercado de trabalho (cursos de informática, espanhol, inglês, etc.), o número reduzido de filhos por família, a falta de tempo dos pais devido às várias necessidades básicas de sobrevivência, a violência encontrada nas ruas, moradias cada vez menores, as novas tecnologias que fazem brinquedos, eletrônicos e aparelhos de informática de última geração, e claro, a televisão que fascina e encanta a maioria da população.
Estes motivos explicam, mas não podem ser aceitos, já que brincar é essencial para a vida das crianças. A família pode e deve contribuir para a mudança deste quadro, pois, a brincadeira não é intrínseca nas crianças, ou seja, elas não nascem sabendo brincar. O papel da família, do adulto é essencial na construção desse hábito tão saudável e cada vez menos freqüente na infância. As crianças que brincam são mais espertas, mais seguras, mais confiantes, mais criativas e mais felizes. Por isso, reservar um tempo, por menor que seja para brincar com seu filho é um investimento importante a fazer. Sozinho ele buscará apenas o entretenimento da televisão, do vídeo-gaime, ou quando muito, das brincadeiras ensinadas na escola.
O brincar é essencial para a vida da criança, pois, estabelece uma conexão entre o mundo imaginário e o mundo real. Este aprendizado é um processo necessário, para que a criança possa aprender a lidar com as situações presente na família, na escola, com os amigos, aprimorando as relações intra e inter-pessoal. A brincadeira é a atividade principal da criança, nela o processo é mais importante do que o resultado da ação, ou seja, o resultado da brincadeira não é o mais importante, mas o momento em que a brincadeira se desenvolve. Ao brincar, a criança cria, inventa, simboliza uma situação imaginária, podendo assumir ao mesmo tempo diferentes papéis.
O hábito de brincar precisa ser cultivado no seio da família, pois, fortalece a formação do vínculo afetivo, melhorando as relações. Além disso, o jogo, a brincadeira, o faz de conta, estimulam a socialização, a inteligência, a criatividade, a socialização, a imaginação, favorecendo o surgimento das possibilidades, como também, o reconhecimento das limitações e dificuldades. Portanto, todo cuidado é pouco quando se trata de organizar a agenda diária do seu filho. Não o sobrecarregue de atividades. Reserve pelo menos uma hora por dia para brincar com seus filhos, isto não significa, ficar assistindo a novela ou o jornal, este momento deve ser reservado exclusivamente para a interação entre pais e filhos para curtir um dos melhores momentos da vida, portanto, brinque e deixe seus filhos brincarem, pois brincadeira é coisa séria e deve ser respeitada.

Márcia Regina Canhoto de Lima
José Milton de Lima


  
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Edição:

N.º 181
Ano 17, Agosto/Setembro 2008

Autoria:

Márcia Regina Canhoto de Lima
Departamento de Educação Física.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente - S.P. Brasil
José Milton de Lima
Prof. Dr. do Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente prudente - S.P. Brasil
Márcia Regina Canhoto de Lima
Departamento de Educação Física.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente - S.P. Brasil
José Milton de Lima
Prof. Dr. do Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente prudente - S.P. Brasil

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